Agosto
chegou ao fim com o melhor índice pluviométrico dos últimos 22 anos. Ao
longo dos 31 dias do mês passado, a Fundação Cearense de Meteorologia e
Recursos Hídricos (Funceme) contabilizou o acumulado de 17 milímetros, o
que representa 250% acima da média histórica para o período (4,9 mm).
Neste
milênio, o índice atual só é inferior a agosto do ano 2000, quando
choveu o acumulado a 30,8 mm. No somatório anual, os dados de 2022 já
são positivos. De janeiro a agosto o Ceará recebeu precipitações
equivalentes a 903,1 milímetros, ou seja, quase 13% acima do volume de
chuvas que é esperado para todo o ano (800,6 mm). Este já é o segundo
melhor volume dos últimos dez anos.
O
índice fica atrás apenas de 2020, cujo ano fechou com 958,6 milímetros
acumulados, uma variação positiva de 19,7% ante à média pluviométrica.
O
meteorologista da Funceme, Lucas Fumagalli, explica que os bons índices
devem-se a áreas de instabilidades oriundas do leste da região
Nordeste, onde choveu bastante, e do Oceano Atlântico.
"Isso
tem sido observado ao longo da pós-estação (junho e julho), bem como em
agosto, pois houve maior atividade dos distúrbios [que causam áreas de
instabilidades de chuva] de leste durante a pós estação", detalha Lucas.