O policial militar Fabiano Junior Garcia matou a própria mulher, os três filhos, a mãe, o irmão e outras duas pessoas que ele não conhecia nas cidades de Toledo e Céu Azul, no interior do Paraná. A Polícia Militar disse estar "consternada" com o caso e que "lamenta profundamente o ocorrido".
Segundo
o comandante da corporação, o coronel Hudson Leôncio Teixeira, foi com
base em mensagens enviadas por Fabiano, que tinha 37 anos, para alguns
parentes, que a corporação avaliou que o fim do casamento tenha motivado
os assassinatos. Fabiano estava na PM desde 2010.
Vítimas
O
agente iniciou a série de execuções ainda na casa dele, quando atirou
contra a própria esposa e a filha do casal, Amanda. Em seguida, ele foi
até a casa da mãe, Irene Garcia, onde a matou com facadas e, novamente
com disparos de arma de fogo, matou o irmão Claudiomiro.
Ainda
nas proximidades do imóvel, Garcia matou Kaio Felipe Siqueira da Silva e
Luiz Carlos Becker, que passavam pela rua — nenhum deles conhecia o
agente. Depois, ele foi até a cidade de Céu Azul, onde os outros dois
filhos dele, Miguel e Kamili, estavam na casa de tios e os matou a
tiros.
Morte do PM
O
próximo passo dado pelo agente foi voltar para casa onde morava com a
mulher, na cidade de Toledo. No entanto, ainda no próprio carro, ele
cometeu suicídio.
Quem era Garcia
O
agente da Polícia Militar do Paraná desde 2010, Fabiano tinha como
função ser motorista de oficial de serviço, cargo considerado de
confiança, que é entregue aos melhores policiais da corporação. A PM
disse estar “consternada” e que “lamenta profundamente o ocorrido”.
Motivação
Segundo
o comandante da Polícia Militar do estado, com base em mensagens
enviadas por Fabiano para alguns parentes, a corporação avalia que o fim
do casamento tenha motivado os assassinatos.
—
Não havia nenhum indicativo, fora essa questão da separação e algumas
dívidas que ele tinha — afirmou Teixeira. — Causou estranheza, surpresa e
decepção para todos nós.
Local do crime
As
primeiras vítimas, a mulher e um dos filhos do agente, foram executadas
em casa deles, na cidade de Toledo. Em seguida, ainda na mesma cidade,
ele foi até a casa da mãe, onde a executou, junto do irmão dele.
Ao
sair do local, ele matou duas pessoas que passavam pela rua. Depois,
ele foi até Céu Azul, onde os outros dois filhos, que estavam na casa de
tios.
O que diz a Polícia
O
comandante-geral disse que está sendo aberto um inquérito policial
militar para apurar os fatos. De acordo com os relatos sobre como
Fabiano se portou no dia anterior, Teixeira contou que ele trabalhou
normalmente na quinta-feira. O PM deixou o serviço por volta das 19h e,
às 23h e ligou para o cunhado. Até cerca de meia-noite, ele teria
cometido todos os crimes.
— Presumo que já tivesse um planejamento — afirmou Teixeira.
Repercussão
A
Secretaria de Educação de Toledo emitiu uma nota de pesar em sua página
no Facebook para prestar “homenagem às nossas crianças Amanda, Kamili e
Miguel e a Mãe Kassiele presentes na Educação de Toledo!”.
“Que Deus conforte os corações de Todos”, acrescentou.
A
Polícia Civil do Paraná informou, por meio de nota, que as delegacias
de Céu Azul e Toledo instauraram inquéritos e realizam "diligências
nesse momento para apurar a motivação dos fatos". A corporação disse
ainda que "perícias foram realizadas nos locais e equipes de
investigação seguem na coleta de informações para estabelecer a dinâmica
dos fatos".
Nas redes sociais, amigos e parentes de Kassiele fazem postagens de luto.
"Minha
amada irmã como te amo. Você sabe disso tudo que passamos juntos.
Miguel meu amor a dinda te ama tanto. Amanda nossa menina Kamili quem
vai me chamar de tia você tá linda. Tá doendo. E eu não pude nem dizer
adeus", disse uma familiar.