A
continuidade das precipitações neste mês de junho, mesmo após o fim da
quadra chuvosa (fevereiro-maio), contribuiu para que um importante açude
cearense atingisse expressiva marca: o Orós ultrapassou o índice de 50%
de volume hídrico armazenado.
Este
patamar não era atingido há exatos 8 anos e, dos três maiores
reservatórios cearenses, o Orós é o primeiro que alcança tal número
neste intervalo.
Atualmente,
o volume do reservatório, que é o segundo maior do Ceará, está com
50,01% conforme dados da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos
(Cogerh). Este índice mais que dobrou desde o início do ano. O Orós, que até a construção do Castanhão ostentava o posto de maior açude cearense, tinha em janeiro apenas 22,49%.
Última vez que os três maiores açudes cearenses ultrapassaram os 50%:Castanhão - 20 de julho de 2013: 50,49%
Orós - 21 de junho de 2014: 50,57%
Banabuiú - 07 de dezembro de 2012: 50,12%
A
marca alcançada pelo Orós tem importante representatividade financeira
ao Município homônimo. Conforme avalia o secretário de Agricultura, Meio
ambiente, Aquicultura e Pesca de Orós, Edgar Júnior, os bons índices
tendem a ressuscitar a piscicultura, que nos últimos anos ficou
inviabilizada devido ao baixo volume de armazenamento.
A
atividade chegou a representar mais de 50% do PIB de Orós, com mais de
500 famílias envolvidas. "Hoje este número está muito próximo de zero,
quase não há nenhuma família", acrescenta o secretário. A projeção é de
que, em 2023, a piscicultura volte a ser viável e lucrativa no
Município.