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O
senador Cid Gomes (PDT) criticou a paralisação, na Casa Civil do
Governo Federal, de projetos com pedidos de financiamento do Estado do
Ceará. Para o ex-governador do Estado, tem havido "discriminação" em
relação aos estados governados por partidos de oposição.
“Já
estão na Casa Civil dois projetos do Ceará e, simplesmente porque o
governador é de um partido de oposição ao Governo Federal, esses ofícios
não são encaminhados para serem apreciados pelo Senado. Trata-se de uma
discriminação e penso que esta casa e a Comissão de Assuntos Econômicos
devem tomar posição em relação a isso”, disse Cid durante sessão no
Plenário do Senado na noite da terça-feira (30).
É
a Casa Civil que destina os pedidos de financiamento para apreciação do
Senado, de acordo com a legislação. Cid pediu ao presidente do Senado,
Rodrigo Pacheco (PSD) e ao presidente da Comissão de Assuntos
Estratégicos, o senador Otto Alencar (PSD), que demandem a Casa Civil
sobre o envio dos projetos.
"O
Estado do Ceará é dos poucos estados brasileiros que tem a análise
fiscal, o ranking, que permite que o Estado pleiteiem financiamentos. O
Ceará tem uma longa relação com instituições internacionais, como Banco
Mundial e Banco Interamericano", ressaltou Cid.
Ele lembrou que isso aconteceu com outros estados do Nordeste, como a Bahia.
O
presidente do Senado, após fala de Cid, reforçou o pedido de
encaminhamento e disse que tomará providências. Ele pontuou que o Senado
tem sido colaborativo com as pautas de interesse do Governo e espera
reciprocidade a todos os estados, “independente de quem sejam os
governadores e a qual partido pertençam”.
O
senador Otto Alencar disse que todas as matérias de empréstimos são
imediatamente colocadas em votação na Comissão de Assuntos Estratégicos e
citou impasse também envolvendo a Bahia, cujo governador, Rui Costa
(PT), também é oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
"A
Bahia sofre do mesmo problema, a mesma marcação serrada, o mesmo cerco
do Governo Federal, o último empréstimo conseguido pela Bahia,
conseguimos através de decisão judicial", disse Otto, recomendando o
mesmo processo judicial ao governador Camilo Santana (PT).