quinta-feira, 8 de julho de 2021

Com Lula disparado, pesquisas para 2022 devem preocupar mais Ciro Gomes que Bolsonaro

Ciro acredita que Bolsonaro não irá ao segundo turno (Foto: reprodução de TV)

Pesquisas eleitorais na última semana apontam o cenário para a eleição presidencial de 2022. A pesquisa CNT/MDA mostra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 41,3%; Jair Bolsonaro (sem partido) tem 26,6%; Ciro Gomes (PDT) aparece empatado com Sergio Moro, ambos com 5,9%. A pesquisa foi feita de 1º a 3 de julho.

A pesquisa do instituto Ipec mostrou Lula com 49%, Bolsonaro com 23% e Ciro com 7%. A pesquisa foi feita de 17 a 21 de junho.

Já a pesquisa Exame/Ideia mostrou Lula com percentuais que variaram de 35% a 39%, a depender do cenário. Bolsonaro teve de 35% a 37%. Ciro Gomes oscilou de 10% a 16% nas diferentes simulações.

O que as pesquisas indicam sobre as eleições 2022? Lula se tornou favorito? Bolsonaro está perdendo as chances de reeleição? Este é o tema do episódio #141 do Jogo Político.

Na opinião do jornalista Guálter George, não é para Bolsonaro que as pesquisas são piores. "Mais que Bolsonaro, quem deveria estar mais preocupado com as pesquisas era o Ciro Gomes." Guálter considera que, a esta altura do cenário político, Ciro deveria estar mais destacado do bloco que vem abaixo de Lula e Bolsonaro. Mas, Ciro aparece no bolo com Moro, João Doria (PSDB) e mesmo sem se destacar de outros.

Ciro disse recentemente acreditar em um segundo turno entre ele e Lula. Duvida inclusive que Bolsonaro esteja na eleição. Lula respondeu que o segundo turno entre os dois seria "vitória da democracia." A estratégia de Ciro — e de todos que buscam se projetar como "terceira via" — é chegar ao segundo turno. Valendo-se da grande rejeição tanto a Lula quanto a Bolsonaro, creem que sairiam vitoriosos. A questão é ter voto para chegar até lá.

As perspectivas para as eleições, as limitações de pesquisas feitas tão longe da campanha e o potencial dos candidatos são analisados no Jogo Político pelos jornalistas Guálter George, editor-chefe de Opinião e colunista do O POVO; Carlos Mazza, repórter e colunista de Política; e Érico Firmo, editor de Cotidiano e colunista de Política.