quarta-feira, 2 de junho de 2021

Ceará não registra Síndrome de Trombose em gestantes vacinadas contra o coronavirus com AstraZeneca

Após nota de alerta da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) sobre a suspensão da vacina contra Covid-19 do laboratório AstraZeneca, divulgada na última sexta-feira (28), a atenção acerca das reações graves em gestantes e puérperas foi intensificada. Até o momento, o Ceará não registra casos suspeitos de Síndrome de Trombose com trombocitopenia em decorrência dessa vacinação em gestantes, aponta Sesa.

Em meio a esse cenário, as mulheres grávidas contempladas com o recebimento da primeira dose do imunizante AstraZeneca/Oxford, no começo de maio, relatam somente reações leves, como febre e dor de cabeça no dia posterior à aplicação. No momento, o alívio pelo recebimento da vacina se sobrepõe aos medos de complicações.

No caso da publicitária Ana Luiza Ribeiro, 32 anos, a primeira dose foi aplicada no dia 8 de maio, não apresentando nenhuma reação à vacina, além da dor no braço pela vacina. Como o reforço está previsto para agosto, mês de nascimento do bebê, seguirá a recomendação do Ministério da Saúde de ser imunizada somente após 45 dias do parto.

Nunca tive nenhum receio. Fora o isolamento social, sempre acreditei que a vacina era a única opção que podia me proteger desse vírus, então estava ansiosa para chegar a minha vez de ser imunizada. O processo foi bem tranquilo e fiquei muito aliviada depois que tomei.

Ana Luiza Ribeiro

Gestante

Segundo Ana, o sonho de ser mãe floresceu durante a pandemia, em que a reflexão sobre a vida e a morte se tornou mais presente. “Ver tantas vidas indo embora me fez refletir sobre como o nosso tempo é curto e temos que aproveitar cada momento, então resolvemos tentar”

Infelizmente, o casal perdeu a primeira gestação em outubro do ano passado. “Foram tempos difíceis, mas logo em dezembro recebemos novamente um presente de Deus, que foi o nosso Davi”, coloca. Com 7 meses de gestação, coloca que o medo de viver a gravidez na pandemia tem sido compensado pelo sonho de ver o filho saudável e imunizado.

Vacinação AstraZeneca

Conforme a orientação da Anvisa, a vacina de Oxford deve ser seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), com a aplicação realizada somente depois de avaliação médica dos riscos e benefícios parao paciente.

A Sesa recomenda a busca por atendimento médico caso gestantes e puérperas apresentem reações mais intensas entre o 4º ao 28º dia após a vacinação contra Covid-19 com imunizante da AstraZeneca/Oxford. Dentre os sintomas listados estão:

Falta de ar;

Dor no peito

Inchaço na perna;

Dor abdominal persistente;

Sintomas neurológicos, como dor de cabeça persistente e de forte intensidade ou visão borrada;

Pequenas manchas avermelhadas na pele, além do local em que foi aplicada a vacina.

Além disso, conforme uma pesquisa realizada pela Agência Coreana de Controle e Prevenção de Doenças (KDCA), a vacina da AstraZeneca apresenta eficácia de 86% na prevenção da infecção pelo menos duas semanas após a administração da primeira dose, segundo dados da Agência Reuters.

Com informações do Diário do Nordeste.