O
Ceará registra taxa de ocupação de 88,7% dos leitos de Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) destinados ao tratamento da Covid-19, de acordo
com dados do IntegraSUS, plataforma da Secretaria da Saúde do Ceará
(Sesa), consolidados às 18h04min de terça-feira. Em relação às
enfermarias, a taxa é de 69,2%. No total, 14 hospitais estão com seus
leitos de UTI lotados e outros nove registram ocupação igual ou superior
a 90%.
A
estatística leva em consideração as 73 unidades de saúde que recebem
pacientes da doença, tanto da rede pública como particular do Estado.
Entre as unidades com UTIs esgotadas, o Hospital Regional do Cariri
(HRC), com 73 leitos e considerado como referência para a região, é uma
das unidades que apresenta situação mais preocupante para o Estado.
Além
dos altos níveis de pressão assistencial, o Cariri tem taxa de
positividade elevada de exames RT-PCR — considerado como mais confiável
para detectar a doença — com número de 60,4% na macrorregião. Em
Fortaleza, por exemplo, o mesmo indicador é de 29%. Na macrorregião, 41
dos 45 municípios apresentam nível de alerta "altíssimo" para a
pandemia, de acordo com classificação da Sesa.
O
Cariri é a única macrorregião do Estado que mantém medidas mais
restritivas em relação à pandemia, conforme determinação do governo
estadual. A administração orienta ainda que os municípios adotem
lockdown para tentar frear o avanço dos casos. O secretário da Saúde do
Estado, Carlos Martins Rodrigues Sobrinho, o Dr. Cabeto, ponderou que
medidas mais rigorosas adotadas recentemente já resultam em alguma
melhora para os números epidemiológicos.