São Paulo, estado mais afetado pela pandemia de covid-19 no país, confirmou 3.506 casos da doença até esta sexta-feira (3). Destes, 214 evoluíram para óbito.
Entre os demais, 395 pacientes se encontravam em UTI na data de hoje;
outros 489 permaneciam internados em enfermaria, tanto na rede pública
quanto em hospitais particulares.
Dentre os casos confirmados, excluindo-se os óbitos, 12% dos pacientes
com covid-19 necessitaram de internação em UTI no estado. A taxa de
hospitalização é de 27%.
O estado conseguiu zerar uma fila de 201 óbitos suspeitos de covid-19 que ainda não haviam tido os exames processados.
O secretário estadual da Saúde, José Henrique Germann, afirmou que
entre cerca de 180 exames analisados - os demais estão em fase de
analise final -, 26 deram positivo para covid-19.
O governador de São Paulo, João Doria, começou a entrevista coletiva
desta sexta-feira falando que o mês de abril "será um mês de notícias
tristes para os brasileiros" em relação à pandemia do coronavírus.
As projeções do centro de contingência montado no estado para monitorar
o avanço do vírus mostram que haverá um aumento significativo do número
de casos e mortes nas próximas duas semanas, afirmou Doria.
"O embasamento disso é científico, é dado pelos médicos especialistas
do nosso comitê do centro de contingência do coronavírus."
O estado tem uma fila de 16 mil exames de pessoas com suspeita de coronavírus que aguardam análise.
O presidente do Instituto Butantan, que centraliza a rede laboratorial,
Dimas Covas, disse esperar "que isso seja rapidamente equacionado", com
a ampliação da capacidade que está sendo instalada em todo o estado.
No entanto, ele ressaltou que as estatísticas nos mostram "o dia de ontem".
"Temos que olhar para as projeções, estamos olhando no retrovisor.
Temos que ver o que vem à nossa frente. Nas duas ou três semanas, vamos
conhecer exatamente o tamanho desta epidemia. Estamos no começo dela e
vamos saber se vamos encontrar um Everest pela frente ou um monte mais
suave."