Preso após série de crimes sexuais praticados
durante consultas ginecológicas, o ex-prefeito de Uruburetama, José
Hilson de Paiva, teve prisão preventiva substituída por prisão
domiciliar, e será monitorado por tornozeleira. A decisão foi proferida
nesta quarta-feira, 1º, por juízes das comarcas de Uruburetama e Cruz.
O pedido da defesa se baseia na crise
provocada pelo novo coronavírus e no quadro de saúde do cliente, segundo
os advogados que o defendem. O político de 70 anos estava na Unidade
Prisional Irmã Imelda, O Povo em Aquiraz.
Decisões similares foram tomadas pelo País em razão da pandemia do novo coronavírus. Uma das mais recentes contemplou o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
O benefício foi concedido pela juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara
Federal de Curitiba. A magistrada substituiu Moro na condução das
condenações em primeira instância da Lava Jato.
Pedido negado em fevereiro
Antes de a Covid-19 ter sido categorizada como
pandemia, ou seja, ter se espalhado pelo mundo, a defesa de Hilson já
havia solicitado a substituição da prisão preventiva pela prisão
domiciliar. À época, o argumento de Leandro Vasques, um dos advogados
que o defendem, foi de que os crimes de assédio sexual e estupro não
eram contemporâneos ao período da prisão.
Na argumentação, a defesa adicionou ainda que Hilson
precisava da substituição do modelo de prisão para tratamento médico. O
pedido foi negado pela 3ª Câmara Criminal Tribunal de Justiça do Ceará
(TJCE).