O presidente Jair Bolsonaro participou
do I Encontro Cearense de Apoiadores do Aliança pelo Brasil, que ocorre
neste sábado, 4, por meio de live no Facebook. Na transmissão, o
presidente afirmou que deseja conhecer a cidade cearense de Crateús com
sua filha e chegou a afirmar que no Ceará "todo mundo é cabeçudo". O
evento ocorre no Hotel Praia Centro, na Praia de Iracema,reunindo
políticos e outros apoiadores pelo partido criado por Bolsonaro.
No ao vivo, o presidente também comentou
sobre a segurança pública do Estado e afirmou que falou com o
governador Camilo Santana (PT) sobre a questão em uma conversa
“tranquila”.
“Tivemos uma crise no Ceará”, afirmou o
presidente, no ao vivo. Em janeiro de 2019, o Estado passou por um
problema de segurança pública quando uma série de ataques criminosos
ocorreram em represália a mudanças no sistema penitenciário. Depois, em
setembro, mais veículos e lojas foram incendiados. Sobre a segurança,
Bolsonaro afirma que teve conversas “tranquilas” e “muito boas” com o
governador Camilo Santana (PT).
Após participação em encontro, o
presidente aproveitou a live para se defender de críticas por não ter
vetado a criação da figura do juiz de garantias. Jair Bolsonaro afirmou
que a novidade não vai "causar problema" nem prejudicar investigações.
"Sou vidraça, decisões que eu tomo as vezes desagradam pessoas",
comentou, citando comentários de seguidores que o acusaram de tentar
proteger o filho, Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), de investigação que
é alvo.
"Eu tive dificuldade em entender o juiz
de garantia", continuou o presidente, explicando que foi assessorado
para entender a medida. "Veio o juiz de garantias, ouvi muita gente, e
resolvi não atender alguns pedidos. Isso já existe no Brasil sem esse
nome técnico, são as centrais de inquérito. Até na Lava Jato não foi só o
(Sergio) Moro que trabalhou", disse. O ministro da Justiça, Sergio
Moro, é contra a novidade e aconselhou o presidente a vetar o
dispositivo.
Bolsonaro também aproveitou o assunto
para destacar um veto da nova legislação, relativo ao aumento da pena
para crimes cometidos nas redes sociais. O Congresso havia determinado
que, nesses casos, a punição seria três vezes maior para cada tipo de
ato. Para Bolsonaro, se o veto for derrubado, será um "grande passo para
a censura na internet".