Rogério Ceni demonstrou todo seu descontentamento após a goleada, por 4 a 1, sofrida pelo Cruzeiro, neste domingo (8), no Independência, diante do Grêmio,
pela 18.ª rodada do Campeonato Brasileiro. "Estou envergonhado.
Preferia não estar aqui, venho por educação. Lamento a situação vivida
hoje e na Copa do Brasil. Temos que fazer diferente. Mesmo que a gente
apanhe, nos próximos jogos, a atitude vai ter que ser diferente",
afirmou o treinador, em entrevista coletiva.
Ceni até ameaçou deixar o cargo, caso o time não mude de atitude "Se
for para continuar no Cruzeiro, tenho que fazer algo de diferente, se
não tenho que passar a vez para outro que tenha uma mentalidade
diferente. Ou se muda a atitude, ou não faz sentido eu continuar." O
técnico aproveitou para dar um choque de realidade nos torcedores, que
já vinham condições, antes da derrota para o Internacional,
quarta-feira, pela Copa do Brasil, de obter uma vaga na próxima Copa do
Brasil.
"A gente tem que parar de sonhar com essa coisa de Libertadores. Temos que enfrentar a realidade. A realidade é que o time briga contra o rebaixamento. No momento, temos que nos manter fora da zona. Temos Palmeiras e Flamengo (próximos jogos). Não estou pedindo mais jogadores. Peço um tempo para trabalhar mais os jogadores", disse Ceni, que revelou o desejo de fazer uma intertemporada durante o Brasileiro.
"A gente tem que parar de sonhar com essa coisa de Libertadores. Temos que enfrentar a realidade. A realidade é que o time briga contra o rebaixamento. No momento, temos que nos manter fora da zona. Temos Palmeiras e Flamengo (próximos jogos). Não estou pedindo mais jogadores. Peço um tempo para trabalhar mais os jogadores", disse Ceni, que revelou o desejo de fazer uma intertemporada durante o Brasileiro.
"Meu respaldo é meu trabalho. Acho que tentamos tudo que era possível
com essa formação. Mas isso vai mudar, temos que fazer uma mudança
drástica, de atitude e de mentalidade de jogo. Vamos fazer uma
intertemporada durante o campeonato para melhorar toda essa situação. Se
eu for o treinador, é o que temos que fazer", afirmou o comandante
cruzeirense, que não quis polemizar após as críticas feitas por Thiago
Neves, após a eliminação na Copa do Brasil.
"Desconheço conversa entre jogadores e direção. Não estamos aqui para
crucificar o Thiago (Neves), que dentro das melhores condições e cabeça
boa, é um jogador importante. Às vezes, o que aconteceu, foi que ele
viu um amigo (Edílson) no banco."
O capitão Henrique foi um dos mais revoltados após o
fim do jogo diante do Grêmio. "Partida horrível, de muitos erros
novamente. Ficamos revoltados com o resultado, porque não podemos
aceitar isso. Vão se passando os jogos, e a gente vai sofrendo derrotas.
A gente não pode ficar da forma que está. Não podemos aceitar",
afirmou.
O meio-campista, que está na Toca da Raposa desde 2008, tirando uma
breve passagem pelo Santos, entre 2011 e 2012, acumula títulos, como
dois Brasileiros e duas Copas do Brasil. A fase cruzeirense, porém, está
longe dos tempos de glórias.
Afinal, a equipe mineira ocupa o 16.º lugar, com apenas 18 pontos,
três à frente do Fluminense, que abre a zona de rebaixamento. Os
cariocas, porém, têm uma partida a menos e, caso vençam o Palmeiras, no
meio de semana, colocam o Cruzeiro no Z4.
"Temos que ir para cima, focar e trabalhar. Não podemos só falar,
nossas atitudes dentro de campo não estão acontecendo. Então, temos que
rever, olhar primeiro para gente e depois para fora, para o próximo. Só
dessa forma, vamos conseguir sair", completou Henrique.
Clima tenso
Após a partida, torcedores cruzeirenses protestaram contra o elenco
aos gritos de "Time sem vergonha" e "Thiago Neves, para de beber". A
Polícia Militar foi acionada e até utilizou um veículo blindado na ação.