Presidente voltou a falar em indicar ministro evangélico ao STF. (Foto: Marcos Corrêa/PR)
O
presidente Jair Bolsonaro afirmou que um dos dois ministros que ele
terá direito a indicar ao STF (Supremo Tribunal Federal) será
“terrivelmente evangélico”. A fala do presidente ocorreu
durante discurso durante culto evangélico, na manhã desta quarta-feira
(10), na Câmara dos Deputados.
“Muitos
tentam nós deixar de lado dizendo que o estado é laico. O estado é
laico, mas nós somos cristãos. Ou para plagiar a minha querida Damares
[Alves, ministra]: Nós somos terrivelmente cristãos. E esse espírito
deve estar presente em todos os poderes. Por isso, o meu compromisso:
poderei indicar dois ministros para o Supremo Tribunal Federal [STF]. Um
deles será terrivelmente evangélico”, declarou o presidente.
O
presidente ainda completou dizendo que a bancada evangélica possui “um
superávit enorme junto à sociedade” e reforçou ser “apenas um
instrumento”, em referência a um suposto papel divino.
Ele
já havia manifestado intenção de indicar um ministro evangélico ao STF
em maio. “Com todo respeito ao Supremo Tribunal Federal, eu pergunto:
existe algum, entre os 11 ministros do Supremo, evangélico? Cristão
assumido? Não me venha a imprensa dizer que eu quero misturar a Justiça
com religião. Todos nós temos uma religião ou não temos. E respeitamos,
um tem que respeitar o outro. Será que não está na hora de termos um
ministro no Supremo Tribunal Federal evangélico?”, disse durante evento
da Assembleia de Deus Ministério Madureira, em Goiânia.
Em
13 de junho, a Suprema Corte aprovou a criminalização da homofobia ao
enquadrá-la em crime similar ao racismo. Na ocasião, Bolsonaro afirmou
que o STF estava “legislando”.
MARCHA PARA JESUS
Na
Marcha para Jesus, Bolsonaro sinalizou sua candidatura à reeleição em
2022 e fez questão de destacar que o “estado é laico, mas que ele é
cristão”. “É muito bom estar entre amigos. Melhor qdo estes amigos tem
Deus no coração. Porque agora somos irmãos. Ano passado eu lhes disse
"se Deus quiser ano que vem estarei nessa Marcha como presidente. Um
presidente que diz que o estado é laico, mas que ele é cristão",
discursou Bolsonaro.
