O brasileiro Ronaldo ‘Jacaré’ é um belo exemplo do quanto o MMA não é
justo. Campeão mundial de jiu-jitsu, ex-campeão do Strikeforce e número
cinco de sua categoria há anos, o peso-médio (84 kg) nunca teve uma
chance de disputar o cinturão do UFC, embora tenha batido na trave em
três oportunidades. Neste sábado (3), porém, o atleta de quase 39 anos
pode ficar, a vias tortas, mais perto do que nunca.
Previamente escalado para enfrentar David Branch no UFC 230, evento
agendado para o ginásio do Madison Square Garden, o atleta brasileiro
foi ‘promovido’ para o co-main event após a lesão de Luke Rolckhold. De
quebra, ele agora enfrenta o ex-campeão Chris Weidman, rival de peso
que, a depender de sua performance, pode lhe garantir uma furada de fila
rumo ao topo da categoria.
Desta forma, o atual número cinco do mundo pode ser beneficiado e
ficar no aguardo do resultado do confronto entre Robert Whittaker e
Kelvin Gastelum, válido pelo cinturão do UFC, ainda sem data definida.
Para isso, porém, o duelo contra Weidman é fundamental para o seu
futuro.
Vindo de derrota para Gastelum, o brasileiro já afirmou repetidas
vezes que seu corpo não se recupera como antes e que ele visualiza sua
aposentadoria para o final de seu atual contrato. Desta forma, essa pode
ser, de fato, sua última chance de se credenciar para um combate pelo
topo de sua divisão.
Afinal de contas, caso perca, ele acumulará sua quarta derrota no
UFC, justamente contra rivais melhores ranqueados – Yoel Romero, Robert
Whittaker e Kelvin Gastelum já bateram Jacaré.