A revista inglesa “The Economist” tem analisado as declarações de
Jair Bolsonaro, candidato à presidência pelo PSL, e avalia que ele é uma
pessoa perigosa à democracia brasileira por mostrar desconhecimento dos
problemas econômicos e falta de respeito aos gays, aos negros e às
mulheres.
”Bolsonaro seria um presidente desastroso. (…) Seus ajoelhamentos à
ditadura fazem dele uma ameaça à democracia em um país onde a fé nela
foi abalada pela exposição da corrupção e a miséria da crise econômica”,
completa a publicação que fez um texto dedicado ao capitão reformado do
Exército considerado “populista”.
Com alto índice de rejeição e, ao mesmo tempo, bem nas pesquisas, o
mercado já flertou com ele, mesmo não sendo bem aceito fora do Brasil.
A
“Economist”, que é referência para a elite política e financeira
internacional, ressalta também que outros países em crise elegeram
candidatos radicais ultimamente.
Além desse texto, a edição, com
bastante espaço para as eleições brasileiras, traz uma análise sobre a
desilusão das pessoas. Uma eleição conturbada não consegue trazer as
condições necessárias para a renovação da política tão repetida pelos
candidatos.
“O cenário parece uma novela que você não sabe como será o
fim”, conclui com uma analogia muito comum para análises estrangeiras do
Brasil.