Depois
de recusar uma equipe especial de segurança e os voos em um avião
presidencial, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador,
anunciou que vai reduzir seu próprio salário em 60%. Eleito nas últimas
semanas, Obrador tomará posse no dia 1º de dezembro, mas já anunciou uma
série de medidas para combater a corrupção.
Com
a decisão, o salário do presidente mexicano passa dos 270 mil pesos,
cerca de US$ 14 mil, para 108 mil pesos, US$ 5,7 mil. Com a decisão, o
político deve reduzir salários de outros servidores, segundo um artigo
constitucional do país que determina que ninguém no governo pode ter um
salário maior do que o do presidente.
Mais medidas
Ministros
que devem assumir junto com Obrador também já anunciaram que irão
cortar cargos públicos, com o objetivo de reduzir as contas. A
estimativa é de que desaparecem mais de 6 mil cargos de alto escalão, o
que pode gerar uma economia de US$ 45,6 milhões por mês.
Outra
proposta é a de redução dos salários de todos os funcionários que
ganham mais de um milhão de pesos por ano, cerca de R$ 52 mil, pela
metade, além de cancelar a pensão recebida por ex-presidentes, limitar
as despesas de viagens de servidores e reduzir a assistência médica
particular, economizando US$ 13 milhões por ano. O número de assessores
por ministro também será reduzida para cinco pessoas.
O
novo governo mexicano deve anunciar mudanças nas estruturas dos
ministérios e também uma reforma para regular o teto salarial dos
servidores públicos.
Para
seguir com o que foi proposto pelo presidente eleito, o Congresso
mexicano deve realizar duas reformas em caráter de urgência. A primeira é
a mudança na Lei Orgânica da Administração, que quer mudar as
estruturas dos ministérios e de seus cargos. A segunda é a reforma do
artigo 127 da Constituição, que regula o teto salarial dos servidores
públicos. A proposta dos deputados é implantar uma regra que evita que a
diferença de remuneração entre chefe e funcionário passe de 12 vezes.