quinta-feira, 26 de julho de 2018

Líder do PCC morto em SP era especialista em roubos cinematográficos

Pixabaymorte
Suspeito de integrar o PCC, Claudio Roberto Ferreira, de codinome Galo, morto a tiros nesta segunda-feira no bairro do Tatuapé, em São Paulo, se envolveu em diversos crimes apontados como cinematográficos.

Segundo o portal R7, ele teria sido preso em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em 2006, acusado participado de uma tentativa de assalto à agência central do Banrisul, da Caixa Econômica Federal. O grupo no qual ele se encontrava escavou um túnel para chegar ao cofre.

As escavaçōes duraram cerca de quatro meses e um prédio de sete andares, que pertencia ao INSS, foi adquirido pelos bandidos para planejar as açōes. Detido e levado para a Penitenciária de Charqueadas, Galo fugiu pouco tempo depois.

Em outra tentativa de assalto a banco — dessa vez em Guarulhos, na Grande São Paulo, em 2008 —, Galo e um colega teriam sido perseguidos pela polícia, perdido o controle do carro e entrado em uma casa. Preso novamente, foi condenado a 65 anos de reclusão por roubo seguido de morte.

De dentro da penitenciária para onde foi levado após a sentença, Galo tentou organizar outro roubo a banco: um assalto a uma agência na Avenida Paulista, em 2011. Foram levadas jóias e dinheiro.

Outro episódio envolvendo o criminoso ocorreu após ele fugir mais uma vez da prisão. Em 2015, foi detido durante uma partida entre Santos e Corinthians no estádio Vila Belmiro, em Santos.

De acordo com o Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (DEIC), Galo tentou fugir em meio à torcida do Corinthians e foi contido por policiais antes de conseguir pular da arquibancada.

Em 2016, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu um habeas corpus a Galo, a quem foi permitido responder à condenação por roubo e latrocínio em liberdade. No entendimento do ministro, ele só poderia ser preso após os julgamento de todos os recursos do processo.