O anúncio do deputado Rodrigo Garcia (DEM)
como vice na chapa ao governo paulista de João Doria (PSDB) se tornou a
largada simbólica da campanha presidencial de Geraldo Alckmin (PSDB).
Em
sua primeira aparição pública ao lado de Doria desde o início da
pré-campanha, em abril, Alckmin foi recebido com gritos de o próximo
presidente do Brasil em evento nesta sexta-feira (20) em um hotel em São
Paulo.
Na
mesa estavam nomes de peso da política nacional, que na véspera
acertaram aliança nacional com o tucano. Foram ao ato os presidentes do
DEM, ACM Neto, do PSD, Gilberto Kassab, e do PRB, Marcos Pereira.
"Estou
trabalhando, não desisto", discursou Alckmin. "Vamos trabalhar muito
por essa aliança [com o bloco]. O Brasil precisa de esforço de
conciliação. Pacificar um país dividido", afirmou.
Os
eventos semelhantes anteriores de Doria não tiveram a presença de
Alckmin, que ainda não havia fechado aliança com o centrão, bloco
formado por DEM, Solidariedade, PRB, PP e PR.
A
campanha de Alckmin diz que agora o pré-candidato focará esforços em
São Paulo para tentar recuperar terreno perdido para Jair Bolsonaro
(PSL). Maior colégio eleitoral do país, o estado é decisivo na
matemática dos votos da campanha nacional.
O
tucano elogiou Doria, "com quem tenho um laço afetivo extremamente
profundo". O ex-prefeito diversas vezes se referiu a Alckmin como futuro
presidente, disse que trabalhará pela vitória tucana em SP e no Brasil.
"Precisamos
nos acostumar a chamá-lo de presidente", discursou Garcia,
ex-secretário de estado de Alckmin. "Geraldo foi um homem que me deu
muitas oportunidades e me ensinou muito", afirmou o pré-candidato a
vice-governador.
Quando
questionado sobre o também aliado Márcio França (PSB), candidato à
reeleição ao governo de SP, Alckmin disse que só subirá no palanque de
Doria.