segunda-feira, 28 de maio de 2018

Mesmo após propostas de Temer, caminhoneiros seguem protestando

  
Everson Bressan/Futura Press
O governo publicou em edição extra do Diário Oficial da União as três medidas provisórias prometidas pelo presidente Michel Temer em pronunciamento feito na noite deste domingo. Logo após o anúncio, representantes dos caminhoneiros afirmaram que a retomada das atividades só aconteceria após a publicação das medidas. 
 
No entanto, mesmo elogiadas pela categoria, as medidas parecem não ter sido suficientes para acabar com o movimento. Na manhã desta segunda-feira 13 estados e o Distrito Federal ainda registravam protestos.

AS MEDIDAS

Temer anunciou que o governo vai implantar um preço mínimo de frete para o transporte rodoviário e a isenção de pedágio sobre o eixo suspenso de caminhões em todo o país. 
 
Além disso, prometeu também a redução no preço do diesel, em R$ 0,46 por litro, e o congelamento dessa redução por 60 dia.

A redução corresponde aos valores da Cide e do PIS/Cofins somados, segundo o presidente. Segundo ele, os caminhoneiros poderão, com isso, planejar melhor seus custos e o valor do frete.

O governo também vai garantir aos caminhoneiros autônomos pelo menos 30% dos fretes da Conab.

O QUE DISSERAM OS CAMINHONEIROS

Uma das principais lideranças do movimento dos caminhoneiros, o presidente da Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), José da Fonseca Lopes, afirmou que, com o acordo firmado com o governo neste domingo (27), o “assunto está resolvido”. 
 
“Eu acho que o assunto está definido. O caminhoneiro está antenado, ele também quer sair desse movimento agora, porque já faz sete ou oito dias”, disse.