Luciano Huck confirmou que está fora da disputa
pela Presidência da República em 2018. Em artigo publicado na “Folha de
S. Paulo” nesta segunda-feira, o apresentador da TV Globo afastou as
especulações sobre a sua candidatura e destacou que seus pais, sua
mulher, seus filhos, familiares e amigos próximos o impediram que o
“deixasse levar pelos sons dos chamados quase irresistíveis”.
“Quem se interessa pelo que sou e faço pode
acreditar: vou atuar cada vez mais, sempre de acordo com minhas crenças,
em especial com a fé enorme que tenho neste país. Contem comigo. Mas
não como candidato a presidente”, escreveu.
O apresentador, no entanto, prometeu continuar
tentando “contribuir de maneira ativa para melhorar o país”. “E, para
isso, não são necessários partidos, cargos, nem eleições”.
Huck reforçou a visão de que é fundamental “sair da
proteção e do conforto das selfies no Instagram para somar forças na
necessária renovação política brasileira” — o que está bem distante,
segundo ele, de postular uma candidatura a presidente.
“O momento de total frustração com a classe política e
com as opções que se apresentam no panorama sucessório levou o meu nome
a um lugar central na discussão sobre a cadeira mais importante na
condução do país (…) Mas tenho hoje uma convicção ainda mais vívida e
forte de que serei muito mais útil e potente para ajudar meu país e o
nosso povo a se mover para um lugar mais digno, ocupando outras posições
no front nacional”, elaborou Huck.
Huck também refletiu sobre como seu nome surgiu no
radar dos possíveis candidatos e atribuiu as especulações à sua
exposição pública, seu jeito, suas características, sua personalidade e
sua forma de ver o mundo. Entre “centenas de defeitos”, ele destacou ter
genuína e enorme paixão e curiosidade pelo outro.
“E a sensação de
‘intimidade’ que meus mais de 20 anos de televisão provocam nas pessoas
possibilita conversas instantaneamente francas e verdadeiras (…) E foi
essa permanente ‘bateção de perna’, sempre ‘in loco’, que me tirou
definitivamente da zona de conforto e me fez ver: O Brasil está sofrendo
demais — especialmente os mais pobres, mas não apenas eles— para
ficarmos passivos e reféns deste sistema político velho e corrupto”,
destacou no texto.