sexta-feira, 1 de setembro de 2017

BP Raio captura chefe do tráfico

Durante um patrulhamento de rotina pelo bairro Floresta, o Batalhão de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio) prendeu um homem suspeito de ser o chefe do tráfico de drogas e determinar quem deveria ser executado nos bairros Padre Andrade e Álvaro Weyne. Acusado de homicídios, latrocínio, roubo e porte ilegal de arma, Michellan Rodrigues Tabosa, 29, foi capturado na última quarta-feira (30), na Rua Eva, onde, segundo informações da Polícia, ele comandava o comércio de entorpecentes.
 
Contra o acusado havia um mandado de prisão em aberto por um homicídio. A ordem judicial foi embasada em uma investigação da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que resultou na captura de Darlan Guabiraba Lemos, no dia 19 de maio último. Lemos seria comparsa de Michellan em crimes de execução. Conforme as investigações, ele assassinava pessoas a mando do traficante.
 
Um dos homicídios divulgados pela Polícia Civil, registrado no dia 29 de abril deste ano, vitimou Aurigélia Gomes da Silva, 17, executada a tiros de arma de fogo. A mulher estava na calçada de sua residência, no bairro Floresta, quando foi surpreendida. Ela tentou fugir do local, mas foi alcançada pelo atirador. Conforme a Polícia, quando a vítima caiu, Darlan Lemos disparou contra a cabeça da vítima, que não resistiu aos ferimentos.
 
Covarde
 
De acordo com a delegada da DHPP, Cláudia Guia, o crime aconteceu por uma rivalidade gerada pelo tráfico de drogas na região. "Antigamente, ela traficava para o Michellan . Porém, estava em 'voo próprio', digamos assim. A Aurigélia foi morta de forma covarde e não teve nenhuma chance de defesa", ponderou.
 
Para a Polícia, o traficante seria o mandante de outros crimes que continuam sendo investigados pela Especializada. "Nenhum executor mata, faz nada na área se não houver essa autorização do Michellan", disse Cláudia Guia. Por trás dos crimes, segundo o diretor da Divisão de Homicídios, Leonardo Barreto, está a disputa pelo poder. "As mortes ocorrem porque querem dominar um território cada vez maior", concluiu.