O empresário Gregório Donizetti Freire Neto, o 'Greg', foi denunciado à
Justiça pelo Ministério Público do Estado (MPCE), por homicídio doloso,
no último dia 4 de julho. A promotora Joseana França considerou que o
acusado assumiu o risco de matar a namorada, quando aplicou duas doses
de morfina nela.
A estilista Yrna Castro morreu no dia 1º de maio de 2016, depois de
fazer uso da droga injetável, junto com 'Greg', no apartamento dele, no
bairro Dionísio Torres. O inquérito policial que apurou o caso ficou a
cargo da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) levou um ano
para terminar e indiciou 'Greg' por homicídio culposo.
"Entendemos que o MPCE corrigiu um erro grotesco que a Polícia tinha
cometido. A família da vítima foi machucada demais nesse tempo, sofreu
muito com os caminhos tortuosos que a investigação tomou. Agora,
acreditamos que o caso tomou o rumo certo. O próprio Gregório disse, em
depoimento, que não há nível seguro para o uso de nenhuma droga, então
ele sabia que podia matá-la quando aplicou a morfina", afirmou Cândido
Albuquerque, advogado da família de Yrna Castro.
O advogado Leandro Vasques, que representa a defesa de 'Greg' discorda
da visão da promotoria. "'Greg' e Yrna viviam em plena harmonia, sem
qualquer desavença. Ambos eram usuários de morfina habituais, um deles
vem a óbito e a perícia constata a overdose como causa da morte. Poderia
ter sido o próprio 'Greg', afinal o uso da droga foi absolutamente
consensual, como sempre faziam. Eu não enxergo crime algum nesse caso. A
palavra final será do Judiciário e confiamos em uma solução sem
excessos", disse.