Protestos e bloqueios em rodovias pelo país marcam o
início das mobilizações contra as reformas propostas pelo governo Michel
Temer na manhã desta sexta-feira.
A adesão dos trabalhadores nesta greve poderá ser
menor do que a registrada na paralisação do dia 28 de abril, porque em
diversas cidades, como em São Paulo, os empregados do setor de
transportes decidiram não aderir por causa das multas em recebidas pela
greve anterior e trabalham normalmente.
A situação mais crítica foi registrada no Rio de
Janeiro que entrou em estado de atenção às 6h20 por causa de bloqueios
em ruas e avenidas.
Por volta das 6h30, havia um bloqueio na avenida 20 de Janeiro, que permite a chegada ao aeroporto do Galeão.
Também foram registrados bloqueios na saída da ponte Rio-Niterói e na linha vermelha.
Em São Paulo, manifestantes segurando faixas com
frases contra as reformas do governo fizeram barricadas com fogo, no km
16, da rodovia Anchieta, na região de São Bernardo do Campo, na Grande
São Paulo.
Petroleiros do ABC Paulista e litoral também aderiram
aos protestos contra as reformas do governo. Também foram registrados
protestos em Mauá, na Grande SP, em Santos, no litoral paulista.
Em Campinas, no interior de São Paulo, os grevistas
atearam fogo em pneus e pedaços de madeira na rodovia Santos Dumont, a
única que dá acesso dos moradores da cidade ao aeroporto internacional
de Viracopos. A via foi liberada por volta das 6h.
No sul do país, manifestantes interditaram por volta
das 5h a rodovia BR-293, na região de Candiota, no Rio Grande do Sul.
Grevistas também queimaram pneus na rodovia BR-116, em Porto Alegre.
Em Santa Catarina, um grupo bloqueou totalmente a rodovia BR-470, em Navegantes, próximo por volta das 5h30.
SEGUNDA GREVE NACIONAL
Esta é a segunda greve geral nacional convocada pelas centrais sindicais.
A primeira ocorreu no dia 28 de abril, quando os
trabalhadores de várias categorias pararam em diversas cidades do país.
Na ocasião, houve bloqueio de vias e rodovias e confronto entre
policiais e manifestantes.
De acordo com o presidente da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, as reformas propostas pelo governo
federal trazem riscos para os trabalhadores e para o país.
“Não vai ter geração de emprego, vai ter bico
institucionalizado. Vai ser o fim do emprego formal, que garante
direitos conquistados, como férias e décimo terceiro salário”, diz
Freitas.
Na última quarta-feira, houve aprovação do parecer favorável à reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
(Com informações do jornal Folha de S. Paulo e Agência Brasil)