O vigilante Antônio Luís Alexandre Sousa, de 24 anos, foi morto, ontem,
durante um assalto em uma Casa Lotérica, localizada na Rua Emílio de
Meneses, no bairro Granja Lisboa. Conforme a Polícia, o profissional de
uma empresa privada foi surpreendido pelos criminosos e atingido por
disparos na cabeça, quando fazia o transporte de um malote de dinheiro
da Casa Lotérica até o carro-forte.
O delegado adjunto da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), Eduardo Tomé,
afirmou que a ação teve o envolvimento de sete suspeitos. O grupo,
ainda não localizado, empreendeu fuga em dois veículos: um Celta, de cor
preta; e um Corsa, de cor branca, roubado no último dia 27. Além do
dinheiro, os criminosos subtraíram do vigilante ferido uma pistola
calibre 380.
As informações preliminares fornecidas pelos outros vigilantes à
Polícia são de que, pelo menos, dois suspeitos já estavam dentro da
lotérica se passando por clientes. "Com certeza tinham informação
privilegiada da movimentação financeira do local. Eles sabiam do
recolhimento do dinheiro e se utilizaram desse momento que os vigilantes
saíam do carro, para praticar o assalto sem dar tempo para reação. Não
chegou haver troca de tiros", afirmou o delegado.
A Polícia detalha que vinham no carro-forte quatro vigilantes. Dois
entraram na Casa Lotérica para fazer a segurança interna do local,
enquanto Antonio Luís transportava o montante. Quando a vítima se
aproximava do carro-forte o roubo foi anunciado. "Foi rendido quando já
estava com o malote. Eles contaram que um dos criminosos disse: 'Perdeu,
perdeu. Não reaja'. Nisso tomaram a arma", afirmou o sargento da
Polícia Militar, Raimundo Ferreira Chaves, que atendeu a ocorrência.
Conforme o delegado Eduardo Tomé, um outro integrante do bando ficou
junto ao vigilante que conduzia o carro-forte para que ele não reagisse.
Antes de fugir, o bando ainda teria parado defronte ao carro-forte e
efetuado diversos disparos para cima, na intenção de intimidar os
vigilantes e fazer com que eles não atirassem em direção aos veículos em
que estavam.
"Atirou na vítima à queima roupa e ela mesmo baleada ainda deu alguns
passos antes de cair. Nós já recolhemos as imagens do local e
interditamos. Os vigilantes estavam em choque e devem nos contar mais
detalhes posteriormente. Agora estamos trabalhando nas investigações
para saber quem são os responsáveis", disse Eduardo Tomé.
Sobre as diligências em busca dos suspeitos, o sargento Raimundo Chaves
lembra que sua equipe chegou a ir atrás do grupo, que fugia em direção a
Parangaba, mas não encontraram os veículos. "Voltamos para o local do
crime e outras viaturas seguem nessa busca. As testemunhas disseram que
os sete eram homens", acrescentou. Até o fechamento desta edição,
ninguém havia sido detido.