A Grande Vitória registrou 51 mortes
violentas desde o início dos protestos de familiares de policiais
militares, segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo. A
Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) ainda não tem um
balanço.
Se confirmado, o número de mortos nos
últimos três dias significa um aumento de mais de 1.000% em relação a
todo o mês de janeiro, quando ocorreram apenas quatro registros no
Departamento Médico Legal (DML).
Familiares de PMs protestam por melhores
salários e impedem a saída de carros dos quartéis desde a manhã de
sábado (4). O governo do Espírito Santo trocou o comando da Polícia
Militar e pediu o apoio do Exército, enquanto o policiamento das ruas
não é retomado.
Em menos de um mês no cargo, o coronel
Laércio Oliveira deixou o posto. Quem vai assumir a chefia da PM no
estado é o coronel Nilton, informou o secretário de Segurança Pública do
estado, André Garcia, na manhã desta segunda-feira (6).
A Justiça já declarou a greve ilegal e
determinou que os manifestantes saiam das portas dos quartéis. No
entanto, até as 7h desta segunda, os protestos continuavam, e a polícia
ainda não estava trabalhando. As manifestações acontecem em toda a
Região Metropolitana de Vitória, Guarapari, Linhares, Aracruz, Colatina e
Piúma.
Mortes
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo, Jorge Legal, disse que, desde o início do protesto, 51 mortos deram entrada no DML de Vitória. A manifestação começou no sábado.
Para efeito de comparação, segundo ele,
no mês de janeiro inteiro foram 4 mortos e nos primeiros dias de
fevereiro foram 2 mortos. Houve um aumento de 1.175% no número de
mortes, comparando todo o mês de janeiro.
No início desta manhã, dois jovens foram
assassinados em um ponto de ônibus em frente ao Shopping Boulevard, na
Rodovia do Sol, em Vila Velha.
Segundo testemunhas, o ponto de ônibus
estava lotado no momento do crime. Os jovens passavam de bicicleta –
sentido Barra do Jucu – quando foram mortos com tiros na cabeça por dois
homens armados em uma moto.
O local do crime foi isolado por
funcionários da Rodosol, concessionária que administra a via, até a
chegada da perícia da Polícia Civil.
Além do crime em Vila Velha, a polícia
registrou mais dois assassinatos em Areinha, Viana, e um triplo
homicídio em Vila Cajueiro, Cariacica.
g1