O advogado de Eike
Batista, o criminalista Fernando Martins, reafirmou na tarde desta
terça-feira (31) que ainda não definiu se o empresário irá fechar acordo
de delação premiada.
"A
princípio não há possibilidade de delação", disse Martins. Ele fez a
breve declaração assim que chegou à sede da Polícia Federal, no centro
do Rio, por volta das 14h15.
Eike
tem depoimento marcado às 15h no local. Segundo a "GloboNews", os
agentes buscaram o preso no Complexo Penitenciário de Bangu às 14h05.
Ele chegou ao local cerca de 40 minutos depois, em um carro da PF.
O
advogado disse que falaria à imprensa quando o depoimento, que não tem
hora para acabar, fosse encerrado. Martins disse que protocolou nesta
segunda (30) um pedido de habeas corpus em favor do empresário.
A
frente do prédio da PF no Rio se transformou em inusitado ponto
turístico. Pessoas aguardam a chegada de Eike com celulares nas mãos
para registrar o momento.
O
empresário foi transferido para Bangu na manhã desta segunda, ao
desembarcar na pista do aeroporto do Galeão, no Rio. Ele havia sido
inicialmente levado para o presídio Ary Franco.
ALVO
Eike
foi o principal alvo da Operação Eficiência, deflagrada pela Polícia
Federal, na quinta-feira (26). Quando a ação estourou, ele estava fora
do país e foi considerado foragido pela Justiça, procurado pela Interpol
(Polícia Internacional). Seus advogados negaram, na ocasião, que ele
tivesse fugido.
Ele
teve a prisão decretada depois que dois doleiros fizeram acordos de
delação com a Operação Lava Jato no Rio e contaram que ele pagou US$
16,5 milhões de propina ao ex-governador do Rio Sergio Cabral, que está
preso.