A população da região Central espera com ansiedade mais um encontro dos
“Profetas das Chuvas”, evento que sempre ocorre no segundo sábado de
janeiro, de cada ano. Homens e mulheres do sertão que fazem previsões
para o período popularizado de “inverno”.
É tradição que se perpetua de geração em geração: todos os anos, os
profetas e profetisas da chuva usam como instrumentos para as suas
previsões a sintonia com a natureza, rituais, a observação dos ventos,
formigueiros, cupinzeiros, casas joão-de-barro, o juazeiro, a flor do
mandacaru, a barra da lua, a pedra de sal, dentre outras “experiências”,
como são chamadas as fontes de seus estudos, feitos a partir de
observações ao longo do ano, que prenunciam como será a próxima quadra
chuvosa do Ceará.
Em 2017, será realizada a edição 21ª Encontro dos Profetas da Chuva, a
expectativa segundo o organizador João Soares, é que atraia de 30 a 35
“profetas” de várias cidades cearenses.
O evento, que faz parte do calendário climático-ambiental brasileiro, é
promovido pelo Instituto de Viola e Poesia do Sertão Central. Neste ano,
o evento que sempre acontecia paralelo, o Encanta Quixadá, onde reunia
violeiros não será realizado por falta de verba.
A população aguarda uma boa quadra chuvosa há, pelo menos, seis anos a região Central enfrenta uma grande estiagem.
A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), ainda
não apresentou o prognóstico dos meses de fevereiro a maio.
O 21º Encontro dos Profetas da Chuva acontecerá no pátio do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Campus de Quixadá, a
partir das 8h deste sábado, 14.
Neste ano, um cenário triste será mostrado para o mundo, trata-se do açude Cedro, que está totalmente seco.
Segundo João Soares, nesta sexta-feira, 13, às 14h, acontecerá um evento
na Câmara Municipal de Quixadá, com a presença do Secretário Estadual
de Agricultura Dedé Teixeira.
Revista Central