O ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou na manhã da última
sexta-feira, 29 de janeiro, que as grávidas cadastradas no Bolsa Família
receberão repelentes para se protegerem do Aedes aegypti, mosquito do
Zika vírus. O mosquito é transmissor da doenças que vem sendo associada
ao surto de microcefalia em bebês do país. Segundo ele, o governo
federal já negocia junto aos laboratórios o preço do produto para
distribuir a todas as gestantes do programa.
A declaração foi feita em reunião com a presidente da República, Dilma
Rousseff, e outros sete ministros. Além dos gestores de Estado, também
participaram, por videoconferência, os governadores de Pernambuco,
Bahia, Paraíba, São Paulo e Rio de Janeiro.
"Os fabricantes de repelentes terão conosco o compromisso de não
desabastecer as farmácias, para que todas as grávidas - e não só as que
recebem o Bolsa Família - possam ter acesso (ao produto)", disse Castro,
na oportunidade.
O ministro ainda falou sobre a agenda de combate ao inseto para os
próximos dias, que inclui "eliminação dos criadouros em todos os prédios
públicos do governo federal espalhados pelo País" e "estabelecer uma
rotina para evitar que o mosquito nasça".
Plano de combate
O próximo mês será palco do combate intenso ao mosquito. Para o dia 4 de
fevereiro, está programada uma mobilização em todos os hospitais do
Sistema Único de Saúde (SUS), sejam públicos ou privados. Para o dia 13,
cerca de 220 mil militares das Forças Armadas vão "visitar o maior
número possível de residências", distribuindo panfletos, cartilhas e
instruções para eliminar os focos de proliferação do inseto.
No dia 20, haverá uma ação conjunta de conscientização, que reunirá 50
mil militares, 70 mil agentes de combate a endemias, 260 mil agentes
comunitários de saúde e bombeiros e policiais militares dos Estados.
Apesar de já ter falado que "estramos perdendo a guerra contra o Aedes",
Castro afirmou, na reunião, que o combate ao mosquito é um trabalho
"permanente e ininterrupto".