A Polícia Civil do Pará confirmou a suspeita de participação de
Henrique Buchinger Alves, filho do casal Luís Alves Pereira e Irma
Buchinger Alves, no assassinato dos próprios pais e do irmão mais velho,
Ambrósio Buchinger Neto. O crime aconteceu no último dia 6 de janeiro
em Altamira, no sudoeste do Pará. A motivação e as circunstâncias do
crime ainda estão sendo investigadas.
Segundo a polícia, quatro homens armados invadiram a casa da família e
renderam as vítimas, que foram mortas por asfixia. A brutalidade dos
assassinatos gerou grande comoção em Altamira. Segundo a polícia, os
suspeitos ainda não constituíram advogado para lhes representar no caso.
O suspeito foi preso na terça-feira (19) em Goiânia (GO) e deve ser
conduzido para o presídio regional de Altamira. Outros três homens
também foram presos e estão à disposição da Justiça na mesma casa penal.
As prisões ocorreram simultaneamente durante a operação policial
denominada "Iscariotes", de cumprimento de mandados de prisão temporária
decretados pela Justiça de Altamira. Os presos são acusados de
envolvimento direto nas mortes das vítimas.
Além de Henrique Buchinger Alves, também foram presos Matheus de
Oliveira Costa e Francisco Denis Leite, presos no bairro São Joaquim em
Altamira; Aguinaldo Soares, de apelido "Andrade", preso no bairro Bom
Remédio em Itaituba. Eles devem permanecer recolhidos no presídio
regional em Altamira à disposição da Justiça até que as investigações
sejam aprofundadas e poderão ter suas prisões preventivas solicitadas
com o avanço das investigações.
De acordo com a polícia, Luís Alves Pereira, a esposa Irma Buchinger
Alves e os três filhos do casal, sendo dois homens e uma mulher, estavam
na residência da família quando criminosos invadiram a casa, na
madrugada do último dia 6 de janeiro. Os suspeitos renderam o casal e o
filho mais velho e usaram fita adesiva e um cadarço de sapato para
cometer o crime.
Henrique e a irmã caçula foram algemados e trancados no banheiro, mas
conseguiram escapar por uma janela e pedir ajuda para a polícia. A
polícia não informou se a filha também teria envolvimento no crime.
O casal de empresários era proprietário de uma boutique de roupas que
funcionava no mesmo endereço da residência. Inicialmente, a polícia
acreditava que os suspeitos teriam invadido o prédio à procura de
dinheiro e feito a família refém.
Após análise das imagens do circuito interno de segurança, o delegado
Rodrigo Leão, superintendente da Polícia Civil na Região do Xingu,
informou quatro a cinco pessoas chegaram em um carro e entraram na casa,
mas devido à falta de qualidade da imagem não foi possível identificar
nem as pessoas, nem a placa do veículo. Os suspeitos fugiram levando o
carro da filha do casal e abandonaram o veículo em um ponto distante 12
quilômetros de Altamira.