Quase quatro mil pessoas foram diagnosticadas no Ceará com sarampo desde dezembro de 2013, quando o Estado teve o primeiro caso depois de anos sem registros da doença. Ainda assim, a aplicação da vacina tríplice viral (imunização contra sarampo, caxumba e rubéola), que pode deter o surto, segue abaixo da meta aceitável para as duas primeiras doses para crianças, segundo o Monitoramento Rápido de Cobertura (MRC), divulgado no boletim semanal da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) da última sexta-feira, 17.
Outras nove vacinas estão abaixo do ideal em pelo menos 23% dos municípios do Estado, o que pode ser uma brecha para novos surtos. “Podem voltar todas as outras doenças que já erradicamos se a gente não vacinar”, adverte a coordenadora de Imunizações da Sesa, Ana Vilma Braga.
Apesar de abaixo das metas, os índices de vacinação não estão num nível preocupante, pontua o infectologista Ronald Pedrosa, mas geram necessidade de alerta. “Podem ser melhores”, afirma sobre os indicadores. Sobretudo as doenças virais e a coqueluche, o médico aponta, representam grandes riscos de retornarem caso a população não esteja adequadamente imunizada.
O surto de sarampo, comenta Ana Vilma, é uma decorrência do espalhamento da doença em Pernambuco. A proximidade geográfica estimulou a propagação. “Ele (o surto) acometeu especialmente as crianças que ainda não tinham a faixa etária de vacinação, porque é uma doença altamente contagiosa e transmissível”. Apesar da diminuição de casos - a última confirmação aconteceu há mais de um mês -, ainda não é possível afirmar que o Ceará está livre da doença.
De acordo com nota do Ministério da Saúde, “após o desenvolvimento de diferentes estratégias de vacinação”, foi possível deter a transmissão no estado vizinho, o que ainda não aconteceu no Ceará. “O Ministério da Saúde, em conjunto com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde do Ceará, vem agindo ativamente para evitar a propagação do vírus”, garante a nota. Na visão da coordenadora de Imunizações, a atuação das prefeituras é essencial para que o Estado chegue ao nível aceitável de coberturas vacinais.
Engajamento
Ainda que municípios tenham importante atuação no processo de imunização, cabe às pessoas ter consciência da obrigação, sinaliza Ana Vilma. Manter o cartão de vacinação de crianças em dia é uma estratégia, frisa, para garantir a imunização ideal. Para adultos que não possuem o documento, existem vacinas que, se não têm a aplicação comprovada, devem ser tomadas, ela aponta: hepatite B, tríplice viral e tétano, cada uma com periodicidade própria.
Mesmo vacinando uma população alvo com dois anos a mais que a recomendada (de nove a 13 anos), a imunização contra o HPV, causador do câncer do colo do útero, atingiu apenas 57,69% da meta, cita a coordenadora. Para Ronald Pedrosa, o indicador baixo pode explicar que a população ainda não se deu conta da importância da vacinação. Ter as meninas protegidas hoje, ele ressalta, garante que não haja um surto da doença no futuro.
Outras nove vacinas estão abaixo do ideal em pelo menos 23% dos municípios do Estado, o que pode ser uma brecha para novos surtos. “Podem voltar todas as outras doenças que já erradicamos se a gente não vacinar”, adverte a coordenadora de Imunizações da Sesa, Ana Vilma Braga.
Apesar de abaixo das metas, os índices de vacinação não estão num nível preocupante, pontua o infectologista Ronald Pedrosa, mas geram necessidade de alerta. “Podem ser melhores”, afirma sobre os indicadores. Sobretudo as doenças virais e a coqueluche, o médico aponta, representam grandes riscos de retornarem caso a população não esteja adequadamente imunizada.
O surto de sarampo, comenta Ana Vilma, é uma decorrência do espalhamento da doença em Pernambuco. A proximidade geográfica estimulou a propagação. “Ele (o surto) acometeu especialmente as crianças que ainda não tinham a faixa etária de vacinação, porque é uma doença altamente contagiosa e transmissível”. Apesar da diminuição de casos - a última confirmação aconteceu há mais de um mês -, ainda não é possível afirmar que o Ceará está livre da doença.
De acordo com nota do Ministério da Saúde, “após o desenvolvimento de diferentes estratégias de vacinação”, foi possível deter a transmissão no estado vizinho, o que ainda não aconteceu no Ceará. “O Ministério da Saúde, em conjunto com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde do Ceará, vem agindo ativamente para evitar a propagação do vírus”, garante a nota. Na visão da coordenadora de Imunizações, a atuação das prefeituras é essencial para que o Estado chegue ao nível aceitável de coberturas vacinais.
Engajamento
Ainda que municípios tenham importante atuação no processo de imunização, cabe às pessoas ter consciência da obrigação, sinaliza Ana Vilma. Manter o cartão de vacinação de crianças em dia é uma estratégia, frisa, para garantir a imunização ideal. Para adultos que não possuem o documento, existem vacinas que, se não têm a aplicação comprovada, devem ser tomadas, ela aponta: hepatite B, tríplice viral e tétano, cada uma com periodicidade própria.
Mesmo vacinando uma população alvo com dois anos a mais que a recomendada (de nove a 13 anos), a imunização contra o HPV, causador do câncer do colo do útero, atingiu apenas 57,69% da meta, cita a coordenadora. Para Ronald Pedrosa, o indicador baixo pode explicar que a população ainda não se deu conta da importância da vacinação. Ter as meninas protegidas hoje, ele ressalta, garante que não haja um surto da doença no futuro.