terça-feira, 7 de abril de 2015

Mesmo sem multa, Muricy vai receber bolada do São Paulo após demissão

A demissão de Muricy Ramalho vai custar caro aos esvaziados cofres do São Paulo. Apesar de o contrato do treinador não prever multa, o Tricolor terá de desembolsar R$ 2,6 milhões apenas com a rescisão do vínculo. O valor foi revelado por um dirigente do clube e confirmado por outro ligado ao departamento financeiro.

A legislação que rege os contratos dos treinadores no Brasil estabelece o pagamento de metade dos salários até o fim do acordo em caso de demissão. Muricy ganhava R$ 550 mil mensais de salário, porém, com as bonificações, embolsava R$ 650 mil por mês. E ainda restavam oito meses de contrato.

Desde o fim do jogo com o Botafogo, que terminou com derrota por 2 a 0, no domingo, Muricy fez questão de assegurar que não entregaria o cargo — ele só sairia se fosse demitido, o que ocorreu após reunião no início da tarde de ontem, na casa dele.

Resta saber em quanto tempo ele receberá tal dinheiro. O Santos, que o dispensou em maio de 2013, ainda não pagou os custos com a rescisão, obrigando o técnico a contratar advogados para recorrer à Justiça. O Peixe lhe deve R$ 1,3 milhão.

Em festa - Três titulares do São Paulo saíram ontem para jantar juntos. O motivo: comemorar a demissão de Muricy Ramalho.

À distância - Aidar terá de acompanhar de longe as negociações para o substituto de Muricy. O presidente tricolor embarcou ontem para o Paraguai, onde fará reunião com pessoas da Conmebol, e só voltará amanhã.

AS POSSIBILIDADES

- Abel Braga: foi indicado por Muricy e tem muitos defensores na diretoria. O problema é seu alto salário, de R$ 700 mil mensais
- Luxemburgo: é adorado por muitos e detestado por outros tantos. Para piorar, o Tricolor não pensa em contratar um técnico empregado
- Mano Menezes: não agrada a nenhum dirigente. Seu nome, inclusive, nunca foi discutido
- Jorge Sampaoli: é um sonho antigo da diretoria, mas já avisou que não sai da seleção chilena antes da Copa América, que começa em junho
- Alejandro Sabella: agrada a vários dirigentes pelo bom trabalho com a Argentina na Copa passada; ele fala português e está desempregado
- Manuel Pellegrini: é visto como um dos mais modernos técnicos do mundo, mas está muito bem empregado, no Manchester City