O presidente corintiano Roberto de Andrade nunca escondeu que a prioridade de sua gestão é acabar com o déficit mensal de R$ 4 milhões no clube é colocar as contas em ordem. Nos últimos dias, o dirigente ganhou uma excelente notícia: quase 100 contratos de atletas da base terminam até o fim do ano, o que vai garantir uma economia de R$ 5 milhões por temporada.
O processo de enxugamento teve início em janeiro, com a saída de sete atletas. Foram mais cinco em fevereiro e outros quatro em março. Já em maio, mês que coincide com o fim da Série A-3, serão 33. Vale lembrar que vários destes atletas eram usados no Flamengo de Guarulhos, parceiro alvinegro que disputa a Terceira Divisão estadual.
O cálculo do Corinthians é de que a base passará a custar R$ 17 milhões em 2015, contra R$ 22 milhões do ano passado — o valor poderia ser reduzido ainda mais, em R$ 840 mil, se a obra para o CT da base fosse concluída e permitisse o rompimento do contrato com o Flamengo.
O grande número de atletas da base do Timão com contrato profissional tem a ver com o São Paulo. Há dois anos, o clube perdeu para o rival o meia Bruno Dip, que tinha vínculo de formação — a legislação na época não protegia os clubes. Para se precaver de outros roubos, a diretoria alvinegra resolveu fazer contrato profissional com todos os garotos com mais de 16 anos.
Apesar do alto custo, as categorias inferiores do Corinthians têm vencido tudo. O time sub-20, por exemplo, é o atual campeão da Copa São Paulo, do Paulista e da Copa do Brasil. Detalhe importante: mesmo custando R$ 22 milhões no ano, a base alvinegra conseguiu ser quase R$ 6 milhões mais barata que a do São Paulo em 2014.