Somente após a análise dos laudos das provas encontradas no apartamento onde uma família foi encontrada morta em Ferraz de Vasconcelos é que a polícia vai poder determinar a causa da morte das vítimas. A informação é do delegado Itagiba Franco, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
No início da madrugada desta terça-feira (17), três meninas de 7, 11 e 16 anos, um menino de 12 anos e a mãe das crianças, uma auxiliar de enfermagem de 42 anos foram encontrados mortos no apartamento onde moravam no município.
Segundo Franco, a polícia trabalha com duas hipóteses envenenamento ou asfixia por gás. No entanto, ele destaca que a causa da morte só poderá ser descoberta com a análise do conjunto das provas e com os exames de necropsia dos corpos. Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública o caso é da Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes, mas o DHPP está assessorando a Seccional.
Durante a tarde desta terça-feira, o delegado Itagiba Franco esteve por mais de duas horas no apartamento com o namorado da auxiliar de enfermagem. Ele disse que o homem, de 33 anos, está sendo averiguado e não é considerado suspeito. “Por enquanto está descartada a hipótese da mãe ter matado os filhos e ter se matado. Se o gás pode ter causado as mortes vamos saber somente depois da análise do conjunto de provas colhidas no apartamento. Também está descartada violência sexual nas vítimas. Vamos esperar o laudo do suco e produtos que estavam na casa. Não sabemos ainda o que causou as mortes”, ressalta Franco.
Ao sair do condomínio onde as vítimas moravam, o delegado levou o namorado da mãe das crianças para ser ouvido no
DHPP. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, foi requisitada perícia para o apartamento e para uma jarra e duas panelas que foram apreendidas no local. Também foram requisitados exames periciais para as vítimas.
No boletim de ocorrência consta que o namorado da auxiliar de enfermagem chegou ao apartamento, bateu na porta e ninguém atendeu. Ele disse à polícia que deu a volta e pela sacada viu duas crianças caídas na sala. Depois chamou o síndico e um outro morador para arrombarem a porta.
As meninas estavam na sala e a mãe no quarto”, disse o homem. Ariane Santos Silva é moradora do condomínio e ouviu um choro de criança vindo do apartamento. “Na segunda-feira (16) saí por volta das 7h para levar meus filhos na escola e escutei no apartamento da família uma criança chorando. Mas durante a tarde a casa estava silenciosa”.
De acordo com o Instituto Médico Legal (IML) de Suzano, para onde os corpos foram levados, uma pessoa esteve na tarde desta terça-feira para liberar os corpos. No entanto, o IML informou que como não era um familiar, ele foi encaminhado para a Delegacia de Ferraz de Vasconcelos. Segundo o IML até as 18h desta terça-feira não havia previsão de liberação dos corpos.