segunda-feira, 24 de junho de 2013

Vai pegar fogo! Pela primeira vez, Copa das Confederações só terá clássicos continentais nas semifinais

As semifinais da Copa das Confederações prometem. E muito! De um lado, Brasil e Uruguai. Do outro, Espanha e Itália. Dois clássicos continentais, cheios de rivalidade, confrontos memoráveis e jogadores de peso. As próximas partidas promoverão um momento inédito na história da competição.

Em sete edições da Copa das Confederações, essa será a primeira vez em que as vagas para a final serão definidas com jogos desse tipo. A história da competição conta com episódios memoráveis, como a semifinal de 2005 entre Brasil e Alemanha (vitória da Seleção por 3 a 2), ou a disputa em 1999 entre México e Estados Unidos (triunfo do "Tri" por 1 a 0). Mas desde que o torneio começou a ser realizado, em 1997 (*), nunca houve uma situação com as duas chaves assim.

O primeiro jogo será entre Brasil e Uruguai, na próxima quarta-feira, às 16h, no Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Em campo, sete títulos mundiais e uma rivalidade construída ao longo de aproximadamente 97 anos, e 70 jogos. 

Foram 32 vitórias brasileiras, 19 uruguaias e 19 empates, além de decisões de Copa do Mundo (1950) e Copas Américas (1919, 1956, 1983, 1989, 1995 e 1999). No último confronto, em 6 de junho de 2009, goleada verde-amarela em pleno Centenário de Montevidéu, pelas eliminatórias da Copa de 2010, quebrando um jejum que durava 33 anos. A Celeste está mordida e motivada.

Já o clássico europeu entre Espanha e Itália será na próxima quinta-feira, também às 16h, só que no Castelão, em Fortaleza (CE). Frente à frente a Azzurra, seleção do Velho Continente mais vitoriosa em Mundiais, com quatro títulos, e a "Roja", campeã em 2010 e dominante no cenário do futebol atual. O último jogo entre elas traz péssimas recordações para os italianos: uma goleada por 4 a 0 (fora o baile) na final da Eurocopa do ano passado. Talvez o troco pela derrota por 2 a 1 num amistoso em agosto de 2011, uma das poucas tristezas espanholas nessa fase áurea, a partir de 2008. Ou ainda mais dolorida: a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo de 1994. Ao todo, foram 31 jogos até agora: dez triunfos espanhois, nove italianos e 12 empates.

Por conta das campanhas feitas, Brasil e Espanha podem ser vistos como os favoritos. Aas duas seleções terminaram a fase de grupos com 100% de aproveitamento. Já Itália e Uruguai somaram seis pontos cada, perdendo um dos jogos justamente para a outra equipe de peso da chave, respectivamente. Mas com tanta história e rivalidade em campo, além de personagens como Neymar, Iniesta, Balotelli e Forlán, fica difícil dar palpite. Mas uma coisa é certa: a Copa vai pegar fogo!