domingo, 24 de março de 2013

Desvendada a morte de vereador em Pacatuba, no Ceará


Quatro pessoas acusadas de terem participado do assassinato do vereador Valdomiro do Nascimento de Sousa, 35, que exercia seu mandato pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em Pacatuba, foram identificadas em uma entrevista coletiva, na tarde de ontem, na Delegacia Geral da Polícia Civil. Os suspeitos de executar o vereador já haviam sido presos. Os autores intelectuais da morte foram capturados em suas casa, anteontem, em uma operação, em Pacatuba.

Valdomiro Nascimento foi morto no dia 25 de janeiro deste ano quando chegava a seu estabelecimento comercial, na Vila das Flores, em Pacatuba. Dois homens, que estavam em um Siena de cor branca, placas do Rio Grande do Norte, teriam sido responsáveis pela execução.

No decorrer das investigações a delegada titular de Pacatuba, Milena Maciel, chegou ao nome de Nata da Silva Modesto, 28, o ´Natan´. "Uma testemunha ocular do caso nos deu informações que renderam um retrato falado. A imagem feita foi muito fiel e acabamos identificando o ´Natan´", afirmou.

O suspeito foi preso no último dia 13 de março, por uma equipe da Delegacia de Cascavel. Na ocasião da prisão, ele confessou que estava naquele Município procurando um comparsa para praticar outro assassinato, possivelmente no Conjunto Palmeiras, em Fortaleza.

"No momento em que foi preso ele estava com a mesma roupa que usava no dia do homicídio de Valdomiro. A prisão naquela data foi muito importante, por que poupamos uma vida. Ele já arregimentava outro crime", disse Milena Maciel.

Segundo a delegada presidente do inquérito, Modesto disse ter começado a participar de homicídios há cerca de dois anos, mas nunca tinha sido o matador de fato, apenas se envolvia no casos. No entanto, no caso do vereador, ele confessou ter matado Valdomiro Nascimento e, em depoimento, teria delatado seu comparsa, identificado como Edvan Porfírio Pinto, o ´Velho´, ou ´Veim´, 50.

"O ´Veim´ deu apoio ao ´Natan´ após o crime. Ele ajudou dando fuga ao assassino. O carro usado no homicídio foi encontrado em poder deles", disse a delegada.

´Veim´ já tem uma ficha criminal extensa, onde constam outras seis passagens pela Polícia, por crimes contra a administração pública, homicídio, roubo e tráfico de drogas.

Além de delatar o comparsa, ´Natan´ também ajudou à Polícia a chegar aos autores intelectuais do crime. Segundo o delegado geral da Polícia Civil, Luiz Carlos Dantas, o primeiro e o segundo suplentes do político assassinado planejaram toda a trama.