Foto: Albert Gea
Um magistrado de Pamplona, no norte da Espanha, decidiu arquivar uma queixa de insultos racistas contra o atacante brasileiro Vinicius Júnior, do Real Madrid, ocorrida durante um jogo do Campeonato Espanhol contra o Osasuna na temporada anterior. A razão para o arquivamento foi a incapacidade de identificar os autores dos insultos.
O juiz de Pamplona reconheceu que “os fatos podem constituir um crime”, conforme mencionado em um comunicado do Tribunal Superior de Justiça de Navarra nesta terça-feira (16). Segundo ele, a denúncia não possui informações suficientes.
Os insultos racistas contra Vinicius Júnior foram denunciados à justiça pela LALIGA após um jogo contra o Osasuna em 18 de fevereiro de 2023, durante a 22ª rodada do Campeonato Espanhol na temporada passada, que o Real Madrid venceu por 2 a 0.
Vinicius Júnior foi alvo de ofensas raciais em vários jogos da última temporada, o que provocou uma resposta das autoridades.
Em Madri, a promotoria pediu quatro anos de prisão para quatro indivíduos acusados de pendurar um boneco vestindo uma camisa de Vini Jr. em uma ponte da cidade, antes de um jogo da Copa do Rei, há um ano.
Em outubro, o jogador prestou depoimento a um juiz de Valência como parte da investigação sobre os insultos que recebeu durante um jogo do Campeonato Espanhol contra o Valência em 21 de maio do ano passado.
O atacante brasileiro tornou-se um símbolo na luta contra o racismo no futebol. Em novembro, durante a cerimônia da Bola de Ouro, o jogador do Real Madrid disse se sentir por falar de racismo hoje, no entanto, irá continuar com a campanha, para que outras pessoas não sofram.
Ainda na cerimônia do prêmio, Vini foi agraciado com o Prêmio Sócrates, em reconhecimento ao seu trabalho social com projetos educacionais no Brasil, e simboliza sua luta contra a discriminação.
