Foto: Reuters/ Adriano Machado
Convocados a depor à Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (31), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o ex-secretário especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Fabio Wajngarten, permaneceram um pouco mais de uma hora na sede da PF, em Brasília, onde, ao serem interrogados, ficaram em silêncio sobre as joias sauditas. Na ocasião, também não falaram com jornalistas que estavam aguardando os intimados fora do prédio.
Esses três e outras cinco pessoas foram convocadas a depor sobre o inquérito que investiga as suspeitas de que, com ajuda de assessores e pessoas próximas, o ex-presidente tentou se apropriar de maneira indevida de joias que, supostamente, recebeu de presente de autoridades públicas sauditas. Em vista do valor de tais joias, elas legalmente deveriam passar a compor o patrimônio da União.
Bolsonaro, Michelle e Wajngarten disseram que o silencio foi devido a Procuradoria-Geral da República (PGR) entender que a apuração relativa às joias sauditas não deve tramitar no Supremo Tribunal Federal (STF).
Após deixar a PF, Wajngarten escreveu na rede social X: “Reiteramos que continuamos, como sempre, à disposição para prestar todo e qualquer esclarecimento desde que no foro competente. No caso, a douta Procuradoria Geral da República, que já manifestou que o STF não é a esfera jurídica própria”. Ele ainda acrescentou: “Não há silêncio nesse momento. Agora, busca-se apenas o respeito à lei”.
Além destes, também foram convocados a depor o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid; o pai de Mauro Cid, o general César Lourena Cid; o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, e os ex-assessores da Presidência, Marcelo Câmara e Osmar Crivellati.