Foto Wandemberg Belém |
Os
açudes do Ceará encerram fevereiro, primeiro mês da quadra chuvosa, com
31,2% de água acumulada. O volume represado nos 157 reservatórios
monitorados pelo Governo do Estado representa um total de 5,79 bilhões
de m³ de água. Esse é o melhor índice de água armazenada para o mês de
fevereiro desde 2013.
A
situação sinaliza um certo “conforto” hídrico, mas o Governo ressalta
que é preciso aguardar o fim da quadra chuvosa. Pois para que os
reservatórios mantenham os índices desejados é preciso que as chuvas
ocorram de forma concentrada, constante e nas “áreas certas”,
resultando, de fato, em aportes.
Em
fevereiro de 2013, o Ceará encerrou o mês com um volume de 42% de água
acumulada nos açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos
Hídricos (Cogerh).
Desde
então, a quantidade de água represada nos reservatórios ao final de
fevereiro, ano a ano, não havia superado a marca dos 30%. Em um dos anos
de crise hídrica mais severas, como 2017, o acumulado em fevereiro
chegou a ser de 6,5%.
Em
2023, o Ceará começou um ano com um certo cenário hídrico
“confortável”. Com 31,2% de água acumulada, no atual momento, no Estado 5
açudes (Muquém, Valério, Germinal, Tijuquinha e Rosário) já atingiram o
volume máximo e sangraram. Uma das dimensões desse contexto é o reflexo
da quantidade de chuvas de 2022 que garantiu grande aporte de água.
Dentre
os benefícios, as chuvas no ano passado ajudaram o volume do Orós,
segundo maior açude, a aumentar. O acumulado chegou a 50%. Hoje o
reservatório tem 45,89% da capacidade total atingida.
Além
disso, o aporte de 2022 gerou uma boa recuperação do Castanhão (maior
reservatório) e também influenciou na Região Metropolitana de Fortaleza,
de modo que a bacia chegou a atingir 100% de aporte nos reservatórios.
Isso, conforme o Governo, à época, excluiu a necessidade de
transferência de água do Castanhão para a RMF.