O agora ex-CNN Brasil Alexandre Garcia revelou que não tomou vacina contra a Covid-19 em entrevista ao programa Direto ao Ponto, da Jovem Pan / Panflix. O jornalista, demitido por disseminar informações falsas sobre a pandemia e o “tratamento precoce” – que não existe –, também questionou sua saída do canal de notícias.
Questionado pela jornalista Cristina Padiglione, que integrou o programa ancorado por Augusto Nunes, Garcia rebateu, alegando que os imunizantes usados em todo o mundo são “experimentais”, ignorando as aprovações da Anvisa e de outros órgãos responsáveis. Ele respondeu, de pronto, que não se vacinou. E relacionado à queda no número de mortes, após a vacinação, ao avanço dos “anticorpos”.
Alexandre também tratou a dispensa da CNN Brasil como algo contraditório, já que não pode dar sua opinião em um quadro do CNN Novo Dia chamado Liberdade de Opinião. Curiosamente, porém, ele excluiu 70 vídeos de seu canal no YouTube, aconselhado pela filha, no qual tratava do mesmo “tratamento precoce” que tentou difundir no canal. A alegação foi de que o assunto não pode ser tratado no Brasil.
A entrevista de Alexandre Garcia ao Direto ao Ponto incluiu ainda a defesa do Presidente da República Jair Bolsonaro, perseguido, segundo ele, pelo “jornalismo militante”. Garcia, no entanto, pediu isenção por parte da imprensa e atenção aos fatos. Ele afirmou que havia mais “liberdade” e “bom senso” na cobertura jornalística no período da Ditadura Militar, quando foi subsecretário de imprensa do governo João Figueiredo.
Por fim, Alexandre revelou que foi dispensado pela Globo logo após a eleição de Bolsonaro, no final de 2018. “Eu não saí da Globo, a Globo é que quis que eu saísse”, contou. Ele também rebateu as pesquisas que desaprovam o Presidente, alegando que, se os institutos que mensuram a rejeição ao governo estivessem certos, não haveria “tanta gente” nas ruas no recente manifesto em defesa de Bolsonaro.