A
Câmara aprovou nesta última quarta-feira (26), o texto-base da Medida
Provisória (MP) que fixou o salário-mínimo no valor de R$ 1.100.
Trata-se de um aumento de 5,26% (R$ 55) em relação ao valor do ano
passado, de R$ 1.045. A MP ainda passará por análise do Senado.
O
valor proposto pelo governo para este ano corresponde à variação de
5,22% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), no período
de janeiro a dezembro de 2020. O INPC apura a inflação mensal das
famílias com renda de um a cinco salários-mínimos. Como os preços
subiram neste ano, as projeções do governo mudaram. Na proposta de Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO) havia sido sugerido um mínimo de R$
1.088.
Alguns
deputados reclamaram do reajuste fixado pelo governo. Para eles, o
aumento não contempla a escalada da inflação e da crise econômica gerada
pela pandemia. “Sabemos que é importante qualquer reajuste que seja,
embora seja indigno no mesmo momento que a inflação está descontrolada,
que aumenta o desemprego, que há insegurança alimentar da população, a
contrapartida seja um aumento de apenas 5% [no salário]”, disse Tadeu
Alencar (PSB-PE).
Representantes
da base governista afirmaram que o governo fez o possível com o
reajuste. “Claro, se o presidente Bolsonaro pudesse dar um aumento muito
maior, ele daria. Mas não tem previsão orçamentária para uma correção
maior.
Foi
a correção possível. Se tivéssemos possibilidades, um reajuste muito
maior seria oferecido”, disse o deputado Sanderson (PSL-RS).