quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

'Não foi acidental', diz avô da vítima

Image-1-Artigo-2339622-1 Comovida, sem respostas e com a sensação de injustiça. É assim que segue a família de Marcelo Henrique Gonçalves de Oliveira, o menino de sete anos encontrado carbonizado em uma cisterna próxima à sua casa, nesta segunda-feira (18), no Aracapé.

"A pessoa mais apegada a ele era eu", revela o avô, em entrevista concedida à TV Diário. Os familiares se mudaram recentemente do bairro Genibaú para o Mondubim. Nem eles, nem as autoridades sabem ainda a motivação do crime.

"Ele tinha esse hábito [de brincar na cisterna], mas a gente se preocupava. Sempre pedia para ele voltar por volta das 20h. No domingo, deu 21h e nada", comenta o avô. "Ele era um menino carismático, inteligente e esperto", rememora, impressionado ao perceber que ao falar do neto, agora, fala do passado.

De domingo para segunda, a família deu início às buscas incessantes por ajuda em redes sociais. Procuraram por toda a Cidade, sem saber que Marcelo estava tão perto de casa, mesmo sem vida.

Comoção

Testemunhas relatam que o barulho de latidos de um cachorro as alertaram. Ao seguirem o som, encontraram Marcelo. O corpo carbonizado, jogado dentro de uma estação de tratamento de água do Conjunto Aracapé, foi reconhecido pela avó. Uma máscara, luvas e restos de um colchão também foram encontrados no local.

O menino estudava na Escola Municipal João Hildo de Carvalho. A festa de conclusão do ano letivo seria hoje. Não houve aula. Tampouco comemoração.

Laudo

As investigações sobre o caso estão sendo realizadas pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). "Não foi acidente. Foi alguém de muita maldade que fez isso com meu neto", acredita o avô.

A Perícia Forense do Ceará (Pefoce) emitirá o laudo da morte em 10 dias. Para contribuir com a investigação, informações podem ser passadas ao Disque Denúncia, no número 181.