Comovida, sem respostas e com a sensação de injustiça. É assim que
segue a família de Marcelo Henrique Gonçalves de Oliveira, o menino de
sete anos encontrado carbonizado em uma cisterna próxima à sua casa,
nesta segunda-feira (18), no Aracapé.
"A pessoa mais apegada a ele era eu", revela o avô, em entrevista
concedida à TV Diário. Os familiares se mudaram recentemente do bairro
Genibaú para o Mondubim. Nem eles, nem as autoridades sabem ainda a
motivação do crime.
"Ele tinha esse hábito [de brincar na cisterna], mas a gente se
preocupava. Sempre pedia para ele voltar por volta das 20h. No domingo,
deu 21h e nada", comenta o avô. "Ele era um menino carismático,
inteligente e esperto", rememora, impressionado ao perceber que ao falar
do neto, agora, fala do passado.
De domingo para segunda, a família deu início às buscas incessantes por
ajuda em redes sociais. Procuraram por toda a Cidade, sem saber que
Marcelo estava tão perto de casa, mesmo sem vida.
Comoção
Testemunhas relatam que o barulho de latidos de um cachorro as
alertaram. Ao seguirem o som, encontraram Marcelo. O corpo carbonizado,
jogado dentro de uma estação de tratamento de água do Conjunto Aracapé,
foi reconhecido pela avó. Uma máscara, luvas e restos de um colchão
também foram encontrados no local.
O menino estudava na Escola Municipal João Hildo de Carvalho. A festa
de conclusão do ano letivo seria hoje. Não houve aula. Tampouco
comemoração.
Laudo
As investigações sobre o caso estão sendo realizadas pela Divisão de
Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). "Não foi acidente. Foi alguém de
muita maldade que fez isso com meu neto", acredita o avô.
A Perícia Forense do Ceará (Pefoce) emitirá o laudo da morte em 10
dias. Para contribuir com a investigação, informações podem ser passadas
ao Disque Denúncia, no número 181.