O prefeito de São
Paulo, João Doria (PSDB), reafirmou nesta segunda-feira (15) em Nova
York que não é candidato à Presidência nem ao governo em 2018.
Em café da manhã com empresários, Doria defendeu as
reformas do governo Temer. Disse que nem a esquerda nem flores vão
intimidá-lo, em referência ao episódio em que jogou fora flores
oferecidas por manifestantes em protesto contra o aumento dos limites de
velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros.
Ele disse ainda que vem recebendo ameaças do que
chamou de esquerdistas mais radicais. "Nem sob ameaças, que tenho
recebido constantemente, sobretudo dos esquemas mais radicais, que
pensam que com telefonemas, cartas e e-mails, não vão me intimidar. Nem
com flores. Não vão me intimidar."
O prefeito encerrou o discurso com uma menção à bandeira petista: "Minha bandeira não é vermelha. É verde e amarela".
Num discurso de 35 minutos, Doria defendeu também uma
política de privatizações. Pregou venda de ativos da cidade, de
mercados municipais a cemitérios. "Vamos colocar no setor privado até
cemitérios, crematórios", afirmou o prefeito, chamando a administração
de cemitérios de foco de corrupção.
Segundo Doria, o estádio do Pacaembu e os mercados não têm que estar sob o comando ao governo.
O prefeito anunciou ainda para o próximo semestre a concretização da PPP da Iluminação.
"O governo passado [gestão Fernando Haddad, do PT] não conseguiu. Nós faremos. E é para já", afirmou.
Após relatar sua trajetória até as eleições, Doria
repetiu que "está político". Embora negue qualquer pretensão eleitoral
no ano que vem, Doria afirmou que "quem determina a eleição é o povo,
não os caciques".
Doria iniciou neste domingo (14) uma série de
encontros em Nova York para promover São Paulo e oferecer oportunidades
de negócios para investidores. Na terça (16), ele vai receber o prêmio
"Person of the Year", da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.