A Polícia Civil do Rio deflagrou nesta quinta-feira uma operação
para prender suspeitos de envolvimento no assassinato do torcedor do
Botafogo Diego Silva dos Santos, em 12 de fevereiro. Cinco integrantes
da Torcida Jovem do Flamengo foram presos. Na casa de um dos detidos,
havia uma camisa do Botafogo suja de sangue. Ela teria sido usada pela
vítima, assim como um parte de tênis, também achado pelos policiais.
Diego foi golpeado com um espeto de churrasco, do lado de fora do
estádio do Engenhão, no dia da partida do seu time contra o Flamengo,
ainda pela fase de grupos da Taça Guanabara, o primeiro turno do
Campeonato Carioca. Parte da ação foi registrada por câmeras, o que
facilitou a identificação dos envolvidos.
Os suspeitos foram presos temporariamente, acusados de homicídio
qualificado e organização criminosa. O presidente e o vice-presidente da
torcida estão foragidos.
A operação foi realizada pela Divisão de Homicídios, com o apoio de 130 policiais.
Eles cumpriram mandados no Rio, em São Gonçalo e Niterói. Os agentes
também encontraram, com os suspeitos, bastões de madeira utilizados em
brigas de torcida.
Durante a investigação, 2.100 integrantes da torcida foram investigados. Outros 12 integrantes já respondiam por outros crimes, como roubo, e também tiveram mandados de prisão expedidos.
De acordo com o delegado Fábio Cardoso, da Divisão de Homicídios, o
ataque foi premeditado. “A Torcida Jovem do Flamengo saiu da ala
(entrada) que lhe era destinada e invadiu a ala dos torcedores do
Botafogo com o objetivo de atacá-los”, disse.