Buscando cortar gastos, o prefeito de Promissão
(SP) Hamilton Luís Foz quer reduzir em 10% o próprio salário e também o
do vice. Ele também propôs cortar o número de funcionários
comissionados e o vale alimentação para quem recebe salários maiores. O
prefeito acredita que a economia será de R$ 300 mil ao mês. O pacote foi
encaminhado à Câmara.
Outras cidades do Centro-Oeste Paulista buscam alternativas para tentar
driblar a crise. Em Arealva, o prefeito cortou em uma hora o expediente
da prefeitura. "A crise chegou para todo mundo e os usuários também
estão sentindo. Eles diminuíram a vinda na prefeitura e isso força a
gente a diminuir os horários para reduzir os custos”, afirma o atendente
João Carlos de Souza.
Esta é apenas uma das mudanças pra cortar gastos na prefeitura de Arealva,
já que as contas estão apertadas. O orçamento em 2015 é de R$ 23
milhões, mas só com a folha de pagamento de 413 funcionários, a
prefeitura gasta quase R$ 1 milhão por mês.
Para não correr o risco de atrasar o pagamento dos salários e do 13º
dos trabalhadores, a prefeitura está economizando em água, energia
elétrica e pedindo que os servidores falem menos ao telefone. A
prefeitura também quer economizar no uso de equipamentos e máquinas.
Antes os caminhões e tratores eram usados todos os dias em serviços na
cidade e na zona rural. Agora, pelo menos uma vez por semana, eles ficam
parados na garagem e os funcionários trabalham apenas na manutenção.
Com tantas mudanças, a expectativa é reduzir os gastos em até 30%. Os
funcionários de Arealva estão trabalhando menos, mas também vão ficar
sem reajuste nos salários. "Nós tomamos muito cuidado com esta questão
de aumento, porque um aumento não muito substancial na folha de
pagamento tem um reflexo negativo na condição de pagá-las, uma vez que
cai a arrecadação, torna-se praticamente impossível colocar um aumento
na folha de pagamento", explica o prefeito de Arealva Paulo Padanosque
Pereira.
Sem hora extra
Há pouco mais de dois meses a prefeitura de Marília está economizando e uma das medidas é a redução do expediente até às 14 horas para serviços administrativos. Isso representa economizar energia, água e materiais de escritório.
Há pouco mais de dois meses a prefeitura de Marília está economizando e uma das medidas é a redução do expediente até às 14 horas para serviços administrativos. Isso representa economizar energia, água e materiais de escritório.
Outra administração municipal que adotou medidas de arrocho é Paraguaçu Paulista.
Um decreto estabelece a suspensão de venda de dias de férias, restrição
de ligações para celulares e interurbanas, corte nas despesas com água e
energia e até no café.
Em Piratininga
desde o início de setembro a prefeitura funciona com expediente
reduzido para economizar nas contas de consumo básicas. Fora isso, foram
cortadas todas as horas extras e gratificações. A estimativa é de que
sejam economizados R$ 150 mil ao mês.
Em Iacanga as medidas são as mesmas. A prefeitura reduziu o expediente para compensar a queda de arrecadação.
Prefeituras tomam medidas para cortar gastos (Foto: Reprodução / TV TEM)