terça-feira, 15 de setembro de 2015

Prefeito de Promissão pede redução do próprio salário para driblar crise

Prefeituras têm encerrado expediente mais cedo (Foto: Reprodução / TV TEM)
Buscando cortar gastos, o prefeito de Promissão (SP) Hamilton Luís Foz quer reduzir em 10% o próprio salário e também o do vice. Ele também propôs cortar o número de funcionários comissionados e o vale alimentação para quem recebe salários maiores. O prefeito acredita que a economia será de R$ 300 mil ao mês. O pacote foi encaminhado à Câmara.

Outras cidades do Centro-Oeste Paulista buscam alternativas para tentar driblar a crise. Em Arealva, o prefeito cortou em uma hora o expediente da prefeitura. "A crise chegou para todo mundo e os usuários também estão sentindo. Eles  diminuíram a vinda na prefeitura e isso força a gente a diminuir os horários para reduzir os custos”, afirma o atendente João Carlos de Souza.

Esta é apenas uma das mudanças pra cortar gastos na prefeitura de Arealva, já que as contas estão apertadas. O orçamento em 2015 é de R$ 23 milhões, mas só com a folha de pagamento de 413 funcionários, a prefeitura gasta quase R$ 1 milhão por mês.

Para não correr o risco de atrasar o pagamento dos salários e do 13º dos trabalhadores, a prefeitura está economizando em água, energia elétrica e pedindo que os servidores falem menos ao telefone. A prefeitura também quer economizar no uso de equipamentos e máquinas. Antes os caminhões e tratores eram usados todos os dias em serviços na cidade e na zona rural. Agora, pelo menos uma vez por semana, eles ficam parados na garagem e os funcionários trabalham apenas na manutenção.

Com tantas mudanças, a expectativa é reduzir os gastos em até 30%. Os funcionários de Arealva estão trabalhando menos, mas também vão ficar sem reajuste nos salários. "Nós tomamos muito cuidado com esta questão de aumento, porque um aumento não muito substancial na folha de pagamento tem um reflexo negativo na condição de pagá-las, uma vez que cai a arrecadação, torna-se praticamente impossível colocar um aumento na folha de pagamento", explica o prefeito de Arealva Paulo Padanosque Pereira.

Sem hora extra
Há pouco mais de dois meses a prefeitura de Marília está economizando e uma das medidas é a redução do expediente até às 14 horas para serviços administrativos. Isso representa economizar energia, água e materiais de escritório.

Outra administração municipal que adotou medidas de arrocho é Paraguaçu Paulista. Um decreto estabelece a suspensão de venda de dias de férias, restrição de ligações para celulares e interurbanas, corte nas despesas com água e energia e até no café.

Em Piratininga desde o início de setembro a prefeitura funciona com expediente reduzido para economizar nas contas de consumo básicas. Fora isso, foram cortadas todas as horas extras e gratificações. A estimativa é de que sejam economizados R$ 150 mil ao mês.

Em Iacanga as medidas são as mesmas. A prefeitura reduziu o expediente para compensar a queda de arrecadação.
Prefeituras tomam medidas para cortar gastos (Foto: Reprodução / TV TEM)