Sorocaba (Foto: Reprodução/Instagram)
Sorocaba,
da dupla com Fernando, está sendo processado por seu ex-empresário
Paulo Pissoloto por quebra de contrato e foi condenado no dia 21 de
julho a pagar uma indenização milionária. A notícia foi publicada nesta
sexta-feira, 24, pelo colunista Léo Dias, do jornal "O Dia", e
confirmada por Paulo. A assessoria de imprensa de Sorocaba preferiu não
se pronunciar sobre o caso no momento.
Segundo o EGO apurou, Sorocaba - nome artístico de
Fernando de Assis - foi condenado em dezembro de 2013, em Londrina, a
pagar pela multa contratual de R$2 milhões (com os valores corrigidos e
juros) e a pagar as quantias correspondentes pelos shows do cantor
intermediados por Paulo antes de 26 de outubro de 2009 (também com
valores corrigidos e juros).
O cantor recorreu na Justiça
de Curitiba em 2014 e agora, em julho, perdeu novamente o recurso, com o
desembargador Clayton de Albuquerque Maranhão decidindo a favor de
Paulo. O EGO falou com o empresário que disse acreditar
que o total a ser pago pelo cantor atualmente será de mais de R$5
milhões. O processo ainda corre na Justiça.
"A multa (pela quebra de contrato) na época era de R$2
milhões, o que corrigida fica cerca de R$4,8 milhões. Além disso tem 35%
do que tenho direito pelos shows comercializados por mim até 2009",
afirmou Paulo, que comemorou a decisão após cerca de cinco anos brigando
na Justiça. "Nosso interesse não é financeiro, tirar dinheiro dele.
Nosso negócio é só fazer justiça. As pessoas precisam entender que por
trás de todo grande artista tem um empresário. A cria vira as costas
para o criador. A classe dos empresários tem sofrido muito com isso. A
gente investe e depois eles dão as costas", desabafou.
O processo
Paulo afirmou ainda que Sorocaba não conversou com ele sobre sua
decisão de deixar o escritório. Segundo o ex-empresário, em outubro de
2009, o sertanejo transferiu o escritório que os dois mantinham para São
Paulo e não pagou a multa pela rescisão do contrato.
No processo judicial - ao qual o EGO teve acesso -, é
possível ver que Sorocaba tentou alegar má gerência do empresário,
acusando-o de estar embriagado durante shows e de tratar mal alguns
funcionários. Além de tentar alegar que a assinatura do contrato em
questão não era sua. O Juiz Álvaro Rodrigues Junior, da 10ª Vara Cível
de Londrina, descartou ambas as acusações por falta de provas.
Paulo alega que na época sua perda foi grande: "A gente teve uma quebra
financeira, né? Ele é cria nossa, o que ele saber fazer como empresário
aprendeu comigo." Além de Sorocaba, Paulo também cuidava da carreira de
Luan Santana, com quem fez um acordo pelo fim do contrato porque
passava por dificuldades financeira: "Ele sofreu influência do Sorocaba e
me procurou. Luan pagou a metade da sua multa."
Procurada pelo EGO, a assessoria de Sorocaba disse que só vai se pronunciar quando a decisão for publicada pela Justiça, nos próximos dias.
Entenda o caso
Em 2007, Paulo descobriu Sorocaba em um bar de Londrina, no Paraná.
Segundo o empresário, na época, o cantor ganhava um cachê de R$250.
Em 2009, o cantor decidiu romper com o empresário sem avisá-lo. O
processo de Paulo é somente contra Sorocaba porque os dois eram sócios
na empresa Bala de Prata Produções Artísticas.
Com o rompimento e sem acordo, Paulo procurou a justiça em 2010. Em
2013, o juiz Álvaro Rodrigues Junior da 10ª Vara Cível de Londrina
decidiu a favor de Paulo e condenou Sorocaba a pagar pela multa
contratual de R$2 milhões (com os valores corrigidos e juros) e a pagar
as quantias correspondentes pelos shows do cantor intermediados por
Paulo antes de 26 de outubro de 2009 (também com valores corrigidos e
juros).
Caso semelhante
A cantora Anitta vive uma briga na Justiça
semelhante à de Sorocaba. A cantora briga com a empresa de sua
ex-mepresária Kamilla Fialho, a K2L, e acabou condenada a pagar um valor
de R$ 5,4 milhões por quebra de contrato.
No dia 14 de julho, a cantora depositou R$ 3 milhões em juízo após ter o valor bloqueado em
sua conta por determinação da juíza Flávia Viveiros de Castro, da 6ª
Vara Cível da Barra da Tijuca, no Rio, por não cumprimento de ordem
judicial.