Ao menos 78 pessoas morreram e cerca de 130 ficaram feridas na quarta-feira (24) depois que um trem de passageiros descarrilou nas proximidades da estação de Santiago de Compostela, no noroeste da Espanha, informaram fontes do Tribunal Superior de Justiça da Galícia (TSJG).
Segundo as fontes, do total de vítimas, a maior parte morreu no local da tragédia, e outras quatro nos hospitais aos quais tinham sido levadas. Mais cedo, o presidente galego, Alberto Nuñez Feijóo, lamentou o acidente. "A cena é muito chocante. Um dos vagões foi prensado por outro e os serviços de emergência ainda não conseguiram entrar nele", disse, em entrevista à rádio Cadena Ser.
O trem, do serviço Alvia, seguia da capital Madri para Ferrol, na comunidade autônoma da Galícia. O acidente aconteceu por volta das 20h41 locais (15h41 em Brasília), quando a composição, com 218 passageiros, descarrilou ao passar por uma curva acentuada.
Desgovernada, a composição trem bateu em um dos pilares que cobrem um viaduto em Angrois, a quatro quilômetros de Santiago. Com o impacto, os vagões capotaram, sendo que seis ficaram na linha férrea e outros quatro caíram em uma rua vizinha.
Alguns deles pegaram fogo, assim como uma das locomotivas, que tombou em um muro de contenção. Uma grande nuvem de fumaça foi formada e pôde ser vista a quilômetros de distância.
Este foi o acidente de trem mais grave na Espanha em 41 anos. O descarrilamento em Santiago de Compostela é superado pela colisão de dois trens em El Cuervo de Sevilla, em 1972, com 77 mortos.
O acidente mais grave é outro choque entre um trem e uma locomotiva em Torre del Bierzo, em 1944, que, na contagem oficial, deixou 78 mortos.