Um
comitê com entidades representativas de professores e estudantes deve
realizar, junto com a Secretaria Estadual da Educação (Seduc), visitas
de monitoramento a escolas da rede pública estadual “que estão aptas ao
retorno presencial” a partir da próxima semana. Elas devem ocorrer em
unidades dos 44 municípios da Região de Saúde de Fortaleza autorizadas
pelo Governo do Estado. A definição ocorreu na manhã desta quarta-feira
(23).
Poderão
retornar ao presencial, a partir de 1º de outubro, apenas as turmas da
3ª série do Ensino Médio e educação profissional, com 35% de capacidade,
conforme decreto divulgado no último domingo (20). Na próxima
sexta-feira (25), os professores devem iniciar o agendamento de testes
diagnósticos da Covid-19.
A
Seduc informou que está realizando o levantamento das escolas que
cumprem os seguintes pontos e que serão visitadas pelo comitê:
Infraestrutura adequada
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para alunos e funcionários
Estejam aptas para cumprir o protocolo de segurança sanitária do Governo
Tenham todos os profissionais testados para Covid-19
Realizem consulta pública com os estudantes para avaliar o interesse pelo retorno
A
Pasta da educação também descentralizou para as escolas recursos
estaduais destinados à aquisição de produtos de higiene e limpeza no
combate à Covid-19. Também iniciou a compra de EPIs para alunos,
professores e demais funcionários, investindo recurso superior a R$ 6
milhões.
As
escolas também contam com recursos do Programa Dinheiro Direto na
Escola (PDDE), que chega às escolas públicas anualmente com base no
número de alunos coletado pelo Censo Escolar.
Em
nota, a direção do Sindicato dos Professores e Servidores da Educação e
Cultura do Estado e Municípios do Ceará (Apeoc), que também participou
da reunião, repetiu o seu posicionamento contra a volta das atividades
presenciais nas escolas estaduais. “As escolas não estão devidamente
adequadas, a retomada das aulas e os professores não se sentem seguros a
retomadas das atividades nesse momento”, apontou Reginaldo Pinheiro,
vice- presidente do sindicato.
O
sindicalista destacou ainda que uma das cobranças durante a reunião foi
por um maior investimento no suporte a aulas remotas, tanto para alunos
quanto para os professores.
Segundo
o Diário Oficial do Estado (DOE), os estabelecimentos de ensino poderão
fechar totalmente por 14 dias, durante e após as investigações, em um
cenário em que haja contaminação por coronavírus e não seja detectado o
vínculo entre os estudantes e/ou profissionais infectados.