sábado, 22 de novembro de 2014

Vigília pede indiciamento de policial branco que matou negro nos EUA

Manifestantes usando máscaras participam de vigília à luz de velas na frente do prédio do Departamento de Polícia de Ferguson, Missouri, nos Estados Unidos. O grupo espera pelo indiciamento do policial branco que matou a tiros um jovem negro em agosto.

O desfecho do caso preocupa as autoridades locais, pois a cidade enfrentou protestos violentos após o crime. O governador do Missouri declarou situação de emergência na segunda-feira (17) e autorizou as forças especiais de segurança estaduais a apoiarem a polícia em caso de violência. “Estaremos preparados para qualquer contingência. É necessário ter recursos à disposição de forma antecipada a qualquer anúncio de decisão do júri”, disse o governador Jay Nixon.

A ordem também coloca o Departamento de Polícia do Condado de St. Louis, e não a polícia da cidade de Ferguson, a cargo de lidar com eventuais protestos.

A decisão de indiciamento ou não do policial vai ocorrer ainda em novembro.

O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu nesta sexta que seja evitada a violência nos protestos convocados em Ferguson. "Usar qualquer ocasião como uma desculpa para o uso da violência não é só contrário à lei, mas também ao que somos como país", disse Obama em uma entrevista à emissora "ABC".

Moradores de Ferguson, no Missouri, que viram semanas de protestos violentos após a morte, em 9 de agosto, do jovem de 18 anos Michael Brown, estão se preparando para a possibilidade de mais confusão, especialmente se o júri decidir não indiciar criminalmente o policial Darren Wilson.

Houve protestos nos últimos no entorno da área antes do anúncio da decisão do júri. Dezenas de manifestantes foram para as ruas em Clayton, onde o júri está reunido. “Queremos o indiciamento. Os policiais não gostam disso”, cantavam os manifestantes enquanto marchavam, sob temperatura congelante.