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| Foto Reprodução / TV Cidade Fortaleza |
A
cada safra, o Ceará chega a produzir mais de 700 mil toneladas de
mandioca, que é a matéria-prima da tapioca, um dos símbolos mais fortes
da cultura alimentar do estado e do Nordeste como um todo. A cultura
emprega, sustenta famílias inteiras e mantém vivas tradições que datam
de séculos.
A
tapioca, presença indispensável na mesa do cearense, segue firme como
um dos símbolos mais fortes da cultura alimentar do Nordeste. Em muitas
casas, ela disputa com o pãozinho de cada dia e, para boa parte da
população, ganha a preferência. Por trás desse hábito está uma das
principais produções da agricultura local: a mandioca.
Em
municípios como Itarema, esse elo entre campo e mesa ganha nome e
história – como a do agricultor Francisco Carlos, que há anos se dedica
ao processo artesanal de transformar a mandioca em farinha e goma,
ingredientes fundamentais da tapioca.
Francisco
conta que o trabalho na agricultura é constante e garante renda semanal
para a família. “Tanto nas feiras grandes, como nas feiras pequenas.
Toda semana nós estamos aqui, de terça a sábado, até 10 horas, né? A
gente está toda semana aqui trabalhando”, disse ele, ao falar com a
equipe de reportagem da TV Cidade Fortaleza. Segundo ele, o saber não é
apenas profissional, mas também afetivo, passado de geração em geração.
“Dos avôs, dos pais, agora vai ser para os netos, bisnetos, até para a
família toda, né?”
A
tradição também molda o caminho de Jair Carlos, filho de Francisco, que
começou cedo na lida com a enxada. “Comecei com os oito anos de
trabalho no cabo da enxada, na agricultura. Hoje eu tenho 32 e
futuramente meus filhos querem que continuem o mesmo passo. Seguir a
agricultura, futuramente meus netos e não seguir a nossa cultura.”
