A polícia prendeu mais um suspeito de participação no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em
março de 2018.
A prisão faz parte de uma grande operação, que cumpre
mandados de prisão e de busca e apreensão em diversos endereços da
capital fluminense nesta manhã.
A operação Submersus 2 é uma ação conjunta do Ministério Público do
Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial
de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com o apoio da
Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), da Corregedoria do
Corpo de Bombeiros e em parceria com a Delegacia de Homicídios da
capital.
O cabo do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Corrêa, mais conhecido
como Suel, foi preso num condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes,
na Zona Oeste do Rio. Ele é suspeito de ter ajudado a esconder armas
dos acusados, entre elas, a que foi usada na emboscada contra a
vereadora e o motorista dela.
O militar já era investigado por agentes da Divisão de Homicídios da
Capital e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado
(Gaeco), do Ministério Público do Rio (MPRJ) .
O nome de Maxwell apareceu nas investigações após a prisão de Ronnie
Lessa e do ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, em março do ano
passado.
Segundo os investigadores, o bombeiro teria ajudado a sumir com armas
escondidas por Lessa, logo após a prisão do sargento, e é suspeito de
ter cedido um carro para a quadrilha de Ronnie Lessa esconder as armas
por uma noite após o flagrante que levou Lessa à prisão.
A polícia acredita que uma dessas armas pode ter sido usada nos assassinatos de Marielle e Anderson.
Ronnie Lessa foi preso em março de 2019 suspeito de ser o homem que
atirou na vereadora no motorista Anderson Gomes, segundo denúncia do
Ministério Público.
Afastado dos quadros do Exército, Lessa foi incorporado à Polícia
Militar do Rio em 1992, atuando principalmente no 9º Batalhão da PM
(Rocha Miranda), até virar adido da Polícia Civil, trabalhando na
extinta Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (DRAE), na Delegacia
de Repressão a Roubo de Cargas (DRFC) e na extinta Divisão de Capturas
da Polinter Sul.
Já o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz, de 46 anos, também preso em março
de 2019, é suspeito de ter dirigido o Cobalt prata usado na emboscada.
Um dos motivos que levou a polícia a concluir que ele estaria nessa
posição foi a atuação anterior dele como piloto de escolta de cargas.
Elcio foi expulso da corporação após se tornar réu na chamada
Operação Guilhotina, que colocou em xeque a cúpula da Polícia Civil. Ele
foi preso, quando saia de sua casa, na Rua Eulina Ribeiro, no Engenho
de Dentro, na Zona Norte do Rio.