VEJA traz os principais temas para esta terça-feira
Bolsa em queda livre, intervenção do Ministério da Economia, reforma tributária e efeitos da pandemia de coronavírus
no Brasil e no mundo e nas áreas de entretenimento e esporte. Esses são
os cinco principais assuntos para você começar seu dia bem-informado.
ECONOMIA
Em novo dia de pânico e circuit breaker, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou em forte queda de 13,7%
nesta segunda-feira puxada pelas ações de empresas voltadas ao turismo,
que estão sendo afetadas pela pandemia de coronavírus. Para tentar
frear os efeitos econômicos causados pela doença, o Ministério da Economia anunciou um conjunto de medidas avaliado em 147 bilhões de reais. A expectativa é de que a bolsa reaja nesta terça.
POLÍTICA
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Para não paralisar o trabalho no Legislativo diante do avanço do vírus, o Congresso estuda que votações sejam feitas à distância. Isso influenciaria diretamente nas votações das reformas administrativas e tributária que devem ser enviadas por Paulo Guedes
em breve. A expectativa, inclusive, era de que o ministro fosse ao
Congresso para tratar das propostas, mas, na agenda do Congresso, a
reunião na Comissão Mista Especial da reforma tributária marcada para
hoje foi cancelada.
BRASIL
Segundo dados oficiais do Ministério da Saúde, o país tem 234 casos
do novo coronavírus. A tendência é que o número chegue a 300 nesta
terça, já que são muitos os casos confirmados pelas secretarias
estaduais de saúde que ainda não entraram no balanço do órgão federal.
Um homem internado no Rio de Janeiro e uma mulher em Brasília são os
casos mais graves. O governo, no entanto, reluta em decretar estado de
emergência.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), por sua vez, anunciou várias medidas
que entram em vigor hoje, quando a capital paulista entra em situação
de emergência. Todos os museus, bibliotecas, teatros e centros culturais
do estado serão fechados. O governador João Doria (PSDB) recomendou que teatros, cinemas e casas de shows privados também cerrem as portas por 30 dias.
No Rio de Janeiro, o governador Wilson Witzel (PSC)
afirmou durante entrevista no Palácio Guanabara na segunda-feira que vai
decretar situação de emergência no estado. Com isso, shoppings devem
reduzir seu funcionamento, e academias e restaurantes devem ser
fechados. As férias escolares serão antecipadas. O decreto começa a
valer nesta terça.
Detentos de cadeias de São Paulo se rebelaram
na segunda-feira contra medidas de restrição impostas pelo governo
paulista – como suspender as saídas temporárias – para evitar a
propagação da Covid-19 no sistema carcerário. Pelo menos quatro
penitenciárias (em Mongaguá, Tremembé, Porto Feliz e Mirandópolis)
tiveram motins. No presídio de Mongaguá, houve fuga de centenas de
presos e oito agentes foram feitos reféns.
MUNDO
De acordo com os últimos dados apurados por agências de notícias,
mais de 183 mil pessoas ao redor do mundo estão infectadas pelo novo
coronavírus e 7.715 morreram. São ao menos 162 países ou territórios que
registraram casos de Covid-19. A Organização Mundial da Saúde (OMS)
revelou ainda que há registro de morte de crianças. Além disso, os casos em todo o mundo ultrapassaram infecções na China e países da América Latina anunciaram restrições em suas fronteiras. Na França, o governo anunciou o confinamento de toda a população e Trump admitiu que há possibilidade de recessão nos EUA.
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SOB QUARENTENA
Já no mundo das artes e dos esportes, a segunda-feira foi de novas decisões importantes. A Rede Globo decidiu por reformular sua grade e substituir novelas que terão as gravações paralisadas. A emissora ainda quebrou um protocolo e avisou os participantes do ‘BBB20‘ sobre a nova doença. Pelo mundo, servições de streaming e emissoras de TV suspenderam gravações de séries, que serão atrasadas. O ator inglês Idris Elba foi diagnosticado com a doença e o também ator Tom Hanks, que também está com coronavírus, deixou o hospital na Austrália.